Correio dos Campos

Índice de Preços ao Produtor muda de rumo e sobe 0,12% em maio

29 de junho de 2017 às 14:53

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) subiu 0,12% em maio, invertendo a direção tomada um mês antes, de baixa de 0,11% (dado revisado), apontou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa mudança de rumo foi influenciada pela valorização de 2,3% do dólar ante o real no quinto mês deste ano, apontou o organismo. Em maio de 2016, o indicador havia avançado 0,90%.

Alimentos – Além do câmbio, houve pressão dos preços dos alimentos, que subiram 0,30% e representam 22% do índice. Segundo Alexandre Brandão, gerente do IPP, houve um aumento dos preços em maio para produtos de carne e embutidos. “Não podemos perder de vista que, desde a Operação Carne Fraca [em abril], os preços caíram muito e agora sobem um pouco. Há um pouco de reorganização após aquele trauma”, destacou o pesquisador do IBGE.

Acumulado do ano – No acumulado do ano até maio, o índice recuou 0,07%. Em 12 meses, porém, acumula alta de 2,26%. O IPP mede a variação dos preços dos produtos na porta de fábrica, sem impostos e fretes, na indústria de transformação e extrativa. Em relação a abril, os preços de 16 das 24 atividades industriais investigadas tiveram alta, com destaque para papel e celulose (2,55%), refino de petróleo e produtos de álcool (2,45%) e fumo (1,92%).

Conjunto – No conjunto da indústria de transformação, os preços subiram 0,55% em maio, após queda de 0,18% um mês antes. Já no conjunto da indústria extrativa, houve baixa de 10,95%, ante elevação de 1,72% no mês anterior.

Produção extrativa – A produção extrativa sofre o impacto da volatilidade dos preços das commodities no mercado internacional, principalmente minério de ferro, que apresentou redução em maio e puxou para baixo o indicador, segundo o gerente do IPP, Alexandre Brandão. Em termos de influência, na comparação entre abril e maio, a indústria extrativa foi o principal impacto negativo e retirou 0,41 ponto percentual.

Refino de petróleo – Por outro lado, os preços do refino de petróleo e produtos de álcool subiram 2,45% e contribuíram com 0,24 ponto.

Veículos – Veículos automotores, com alta de 1,35%, tiveram peso de 0,15 ponto no indicador.

Repercussão – Em maio de 2017, o aumento de 0,12% frente a abril repercutiu da seguinte maneira entre as grandes categorias econômicas: elevação de 0,73% em bens de capital; recuo de 0,27% em bens intermediários e acréscimo de 0,58% em bens de consumo, sendo que 1,65% foi a variação observada em bens de consumo duráveis e 0,25% em bens de consumo semiduráveis e não duráveis. (Valor Econômico)