Colégios Cívico-Militares serão referência para uma nova geração de estudantes
Ratinho Junior destacou que este é maior programa de ensino cívico-militar do País. “O conceito desse projeto é repassar para nossos alunos uma referência diferenciada, para criar uma geração melhor, com uma nova mentalidade e que conheçam e respeitem as regras da sociedade, com conhecimentos sobre hierarquia e respeito”, disse. “Essas escolas serão referência para o Brasil e foi aprovada pela comunidade escolar, elas vão ajudar muito os jovens para o futuro”.
Ele ressaltou que o Governo do Estado está fazendo uma transformação no modelo educacional nos últimos dois anos. Além da implantação dos Colégios Cívico-Militares, também passaram a ser oferecidas disciplinas de Educação Financeira e Programação, pensando no futuro dos estudantes paranaenses.
“É uma ruptura de um modelo que funciona desde os anos 1980 e precisava ser atualizado. A transformação está funcionando tão bem que o Paraná saltou, no ano passado, do sétimo para o terceiro lugar no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb)”, destacou. “Foi o que também nos motivou a implantar esse programa, já que historicamente os colégios cívico-militares têm as melhores notas do Ideb no País”.
O governador agradeceu os policiais da reserva que se inscreveram para participar do programa. “São profissionais que por muitos anos se dedicaram a defender as famílias paranaenses e agora colocam à disposição o seu talento, conhecimento e história de vida para colaborar com aquilo que representa a transformação da sociedade, que é a educação”, salientou.
TREINAMENTO – O secretário estadual da Educação, Renato Feder, explicou que após esse treinamento, que segue até a sexta-feira (26), os militares estarão aptos para trabalhar nas escolas. Os CCM-PR já seguem a nova modalidade desde o início de março, por meio do ensino remoto, mas os policiais começam a exercer suas funções em abril. “Eles estarão nas unidades para apoiar e dar suporte aos professores civis. Cada um terá seu papel nas escolas, os professores serão responsáveis pelo ensino pedagógico e os militares vão ajudar na disciplina, no respeito e na organização das escolas”, disse.
Desde o início do mês de março, os CCM-PR já atuam remotamente seguindo a nova modalidade, incluindo as aulas de Cidadania e Civismo. O curso começou na terça-feira (23), e os militares acompanharam palestras com o ministro da Educação, Milton Ribeiro, e com o senador potiguar Styvenson Valentim, que como capitão da PM, ajudou na recuperação de uma escola no Rio Grande do Norte.
Até a sexta-feira, eles também participam de oficinas, que trazem as seguintes temáticas: A escola como lugar de formação humana; A escola, o Aula Paraná e as ferramentas de gestão; Rotinas e procedimentos em situações diversas; Normas de Conduta e Atitudes; Normas de uso de uniformes e apresentação individual; e A liderança na gestão escolar.
197 ESCOLAS – O maior programa de Colégios Cívico-Militares do País iniciou neste ano em 197 escolas do Estado. A nova modalidade de ensino terá uma matriz curricular maior, com seis aulas diárias (30 por semana), com mais aulas de Língua Portuguesa e Matemática e o acréscimo de Cidadania e Civismo, com uma aula por semana para o Ensino Fundamental II (do 6º ao 9º ano) e para o Ensino Médio.
A gestão é compartilhada entre civis e militares, sendo o diretor-geral e o diretor auxiliar (quando a escola necessitar) civis. O diretor cívico-militar será responsável pela disciplina e atividades cívico-militares, além de poder auxiliar nas partes de infraestrutura, patrimônio, finanças e segurança. Cada escola terá de dois a quatro monitores militares, conforme a quantidade de alunos.
Até o momento, há 721 vagas destinadas ao Corpo de Militares Estaduais Inativos Voluntários (CMEIV). Das 197 unidades, apenas 19 ainda dependem da seleção de monitores militares. A Secretaria de Estado da Segurança Pública vai abrir novo edital de processo seletivo para preencher as vagas remanescentes.
Fonte: AEN/PR