CMEI e Escola realizam encontro de transição escolar com alunos
IMPRENSA/Ponta Grossa – Nesta quinta-feira (28) as crianças do Infantil V do CMEI Nassima Sallum receberam as turmas do primeiro ano da Escola Municipal Dr. Edgar Sponholz para um encontro chamado ‘Todos temos um pouco’, que aborda a diversidade cultural com as crianças. O objetivo da ação é promover interação, empatia e respeito entre alunos do CMEI e da Escola, auxiliando assim na transição da criança do estudo na Educação Infantil para o Ensino Fundamental.
Foram mais de dez oficinas de diversidade cultural, que ocorreram de maneira simultânea. No pátio dos fundos, oficina de capoeira ministrada pelos professores Elcio Barbosa e Ester Enzo, da Associação Brincapoeira, além de brincadeiras de matriz afrobrasileira.
Já no pátio principal, eram realizadas oficinas de abayomi (boneca africana) e retratos, onde as crianças do CMEI desenharam os colegas da Escola Edgar. Para o aluno do 1º ano, Enzo Ferreira Padilha, o mais divertido foi desenhar a colega Ana Clara Pavlak, aluna do infantil V. “Eu vi que ela tem cabelos, olhos e cor de pele diferentes de mim. Ela é mais ‘bege’ e eu mais marrom, mas isso não tem problema”, concluiu Enzo.
Segundo a diretora do CMEI, Carla Alves da Silva, a atividade é uma forma quebrar o paradigma do receio que as crianças do Infantil V têm de ingressar no Ensino Fundamental. “Percebo, pela minha experiência com a Educação Infantil, que a turma do infantil V fica receosa com a mudança, porque em dezembro eles se sentem crianças e em fevereiro são ‘grandes’. Eles não querem voltar para o CMEI, mas querem encontrar o mesmo na escola. Então essa inserção gradual desmistifica esse conceito”, comenta a diretora da unidade.
Diversidade Cultural:
Desde o início de novembro as crianças do CMEI estão realizando atividades pedagógicas sobre o Mês da Consciência Negra, por isso as atividades foram voltadas para a cultura africana e para a diversidade cultural. Segundo a aluna Laura Cramer, a diversidade cultural é respeitar o que há de diferente no outro. “No Brasil tem muitas pessoas diferentes, mas não importa de onde ela é, porque mesmo sendo diferentes, podemos amar do mesmo jeito”, declara a pequena Laura, que estava vestida de japonesa junto com mais quatro colegas, vestidas com trajes que lembram as culturas africana, árabe, indiana e brasileira.