Correio dos Campos

Saúde de Piraí do Sul alerta que benefícios da vacina da Covid-19 são maiores que os riscos

5 de maio de 2021 às 11:23
(Foto: Yves Herman/Reuters)

COM ASSESSORIAS – Na semana passada, começou a aplicação da segunda dose da vacina AstraZeneca em profissionais de saúde e idosos que receberam a primeira dose desta vacina entre o final de janeiro e início de fevereiro deste ano.

Como vem ocorrendo em outras cidades, alguns piraienses também tem demonstrado preocupação e medo em relação aos efeitos colaterais que a vacina poderia causar, baseado em relatos publicados pela imprensa.

Mesmo com os estudos realizados no mundo inteiro comprovando a importância desta proteção e a eficácia da vacina, existem casos onde as pessoas tem inclusive se negado a receber a vacinação.

Segundo as autoridades de saúde, essa situação foi gerada a partir do momento em que alguns países europeus anunciaram uma possível relação entre a vacina de Oxford com o surgimento de tromboses.

Para esclarecer o assunto, a Secretaria Municipal de Saúde de Piraí do Sul elaborou nessa semana um comunicado onde reforça a posição de especialistas e agências de saúde que dizem não existir motivos para a suspensão do uso e muito menos para recusar receber a primeira ou segunda dose da vacina.

Produzida no Brasil pela Fundação Osvaldo Cruz (FIOCRUZ), a vacina foi aprovada e é usada em mais de 60 países.

Entre os mais de 3 milhões de brasileiros que receberam a primeira dose da vacina até agora, apenas 6 casos de tromboembolismo foram notificados, mesmo assim sem comprovação de que estariam relacionados ao uso do imunizante.

Palavra do médico

Cidcley Milléo, Médico responsável pelo Centro de Triagem e Aconselhamento COVID-19 no município, comenta o assunto e fala sobre os riscos para quem toma e para quem deixa de tomar a vacina.

“As pessoas não precisam ter medo da vacina. É muito mais arriscado um idoso contrair o vírus e desenvolver um quadro grave de COVID-19 do que ter alguma reação ao imunizante. Nesse momento em que enfrentamos um agravamento da pandemia no município, as chances de um idoso morrer em consequência da COVID são muito grandes”.

“Então, vá tomar sua dose da vacina tranquilamente. Os riscos de qualquer evento adverso são muito menores que o risco da COVID-19”, sugere Milléo.

Semelhança entre vacinados e não vacinados

O Secretário Municipal de Saúde, Julio Sandrini, lembra que os idosos têm mais chance de desenvolverem problemas vasculares e apresentarem quadros mais graves da doença.

“Estudos clínicos que acompanham a questão de reações adversas com a vacina, mostram que a incidência de patologias consideradas como efeitos colaterais da vacina de Oxford, é semelhante entre vacinados e não vacinados”, explica.

“As pessoas precisam ter medo é da COVID e de não da vacina. Mesmo assim, se alguém estiver muito cismado com a vacina, mesmo que sem motivo, é melhor que tome e se previna”, incentiva Julio Sandrini.

Uso liberado no Brasil

Nádia Gonçalves, Chefe do Serviço de Vigilância em Saúde do município, destaca que até agora apenas as vacinas Coronavac e Oxford estão liberadas para uso no País, que a população não tem como escolher qual delas tomar e que isso não pode ser motivo para que deixem de se vacinar.