Correio dos Campos

Enfermeira denuncia médico por agressão em UPA após desentendimento por atendimento de paciente

27 de novembro de 2023 às 15:57
(Foto: Divulgação/Prefeitura de Ponta Grossa)

Uma enfermeira denunciou um médico de agredi-la durante o expediente na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Santana, em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná.

De acordo com o boletim de ocorrência (B.O.) registrado na Polícia Militar (PM), o caso aconteceu na noite de sexta-feira (24) durante um desentendimento a respeito da urgência do atendimento de um paciente de 12 anos. Veja detalhes abaixo.

A profissional relatou que sofreu agressões físicas e verbais.

Segundo a denúncia, o médico levantou a voz, segurou e apertou o braço da enfermeira e a empurrou. A mulher também afirma que ele a ofendeu com palavrões e disse “vá estudar”.

“Depois disso, ela disse que pediu para ele não encostar nela e nem gritar, e o médico se afastou do local proferindo ofensas e xingamentos”, aponta o B.O.

O relato foi confirmado por duas testemunhas, segundo a PM.

A prefeitura municipal não quis se manifestar sobre o caso e centralizou a resposta na instituição terceirizada que administra a UPA, o Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH).

Em nota, o Instituto afirma que o médico foi substituído de imediato por outro profissional para a continuidade do plantão e foi afastado temporariamente da UPA. Ele passará por sindicância “para que as sanções administrativas e legais sejam tomadas”, informa.

A Polícia Civil afirma que vai abrir inquérito para investigar o caso.

Contatado pelo g1, o Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM_PR) afirmou que ainda não foi comunicado sobre o caso e “tão logo isso ocorra serão adotadas as providências pertinentes”.

O g1 tenta contato com o médico.

Discussão envolveu urgência de atendimento de paciente de 12 anos, diz enfermeira

À polícia, a enfermeira afirmou que a discussão com o médico plantonista se deu devido ao protocolo do atendimento de um paciente.

O B.O. aponta que a profissional encaminhou um menino de 12 anos que estava com queimaduras de segundo grau para ser atendida com urgência pelo médico.

Segundo ela, o médico teria retornado o paciente para o consultório, alegando que o caso do menino não era de atendimento de emergência.

“Ela disse que teria informado que aquele tipo de ferimento era, segundo o protocolo, atendimento emergencial, e que logo em seguida iniciou-se a discussão”, relata o boletim da ocorrência.

Fonte: G1