Homem envenena cadela comunitária com pedaço de carne em Guarapuava, diz polícia
Uma cadela comunitária foi morta por envenenamento em Guarapuava, na região central do Paraná, conforme investigação da Polícia Civil (PC-PR). Um vídeo obtido pela corporação mostra o momento em que o animal é envenenado com um pedaço de carne.
O caso aconteceu em julho deste ano, em frente a um supermercado, mas veio a público apenas agora. O animal que morreu era cuidado por funcionários e pessoas da região.
De acordo com o delegado Bruno Miranda Maciozek, que investigou o caso, o homem que aparece jogando a carne ao animal foi identificado e indiciado por maus-tratos. Em depoimento, ele negou o crime. O g1 tenta localizar a defesa do homem.
As imagens obtidas pela polícia mostram a cadela deitada na frente a uma das entradas do supermercado no dia do crime. Logo depois, um carro para em uma vaga de estacionamento.
O motorista desce, atravessa a rua, caminha pela entrada e joga, conforme a polícia, um pedaço de carne na direção do animal e continua caminhando. A cachorra passeia pela rampa, deita, mas logo volta e come a carne.
O homem entra no supermercado e limpa as mãos em um pano. Imagens internas do estabelecimento mostram ele andando e, pouco depois, saindo sem levar nada.
Cerca de 40 minutos após a saída do indiciado, a cachorra entra tremendo na loja e com dificuldades para andar. Pessoas que cuidavam do animal levaram ela a uma clínica veterinária, mas o animal não resistiu e morreu.
Laudo apontou intoxicação
De acordo com a polícia, a médica veterinária que atendeu a cadela informou, em um laudo, que o quadro foi “condizente com intoxicação”.
Segundo o documento, a cachorra chegou com taquicardia e teve convulsão seguida de parada cardiorrespiratória.
“Isso faz parte da materialidade delitiva de provar que essa cachorra foi envenenada. Pelas imagens dá pra ver que ele deixa, de forma oculta, aquele pedacinho de carne e fala que era um pedaço de frango, foi o que ele falou”, disse o delegado Bruno Miranda Maciozek.
O inquérito foi encaminhado para o Ministério Público, que vai decidir se denuncia, ou não, o suspeito.
Fonte: g1