Correio dos Campos

Parque Histórico realiza capacitação de estagiários

O treinamento foi reestruturado para que os funcionários tenham conhecimento sólido do conteúdo difundido pela instituição e estejam em constante formação
23 de março de 2021 às 17:47
(Foto: Divulgação)

COM ASSESSORIAS – O museu Parque Histórico de Carambeí está fechado para visitação seguindo decretos Estadual e Municipal. No entanto, o trabalho interno foi intensificado. Os profissionais aproveitaram esse momento para reorganizar suas ações com o intuito de melhorar o atendimento ao público, assim que retornar as atividades presenciais. Nesta semana a equipe foi reforçada com a contratação de quatro estagiários acadêmicos da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) dos cursos de história bacharelado, história e geografia licenciatura.

Fernanda Hrycyna, integrante do Núcleo Educativo do Parque, relata que estão buscando conhecimento e  aperfeiçoando o treinamento do grupo que deve ser constante. “Apesar de estarmos vivendo, desde o ano passado um período de insegurança e incertezas, a equipe técnica do museu está esperançosa e continuamente trabalhando para melhor cumprirmos com a missão de levar cultura e conhecimento ao público. Ao menos estamos tendo mais tempo para aprimorar nossos estudos e práticas, no que diz respeito à produção e divulgação de conhecimento histórico, à gestão de acervo, produção acadêmica e de exposições, treinamento e capacitação da equipe”.

O Núcleo Educativo é o responsável por preparar o conteúdo que é repassado aos visitantes baseado em pesquisas realizadas pelo Núcleo de História e Patrimônio e em estudos feitos pelos funcionários do setor. O historiador Lucas Kugler, encarregado por organizar e definir as ações do Educativo, estabeleceu um novo método de capacitação e reforça a necessidade do interesse contínuo pelo aprendizado com base teórica bem estabelecida. “O museu também é um palco de aprendizado que acontece de diferentes formas. A mediação oferecida pelos educadores da instituição atua como a voz do museu. Por esse motivo, é importante que a equipe do Núcleo Educativo tenha um referencial teórico com uma base sólida, a fim de promover a sua atividade com critérios técnicos e éticos”.

A chegada dos novos integrantes à equipe foi pertinente neste momento em que as ações foram reformuladas e será possível aplicar o método de desenvolvido. Assim, todos entram no ritmo estabelecido pelo corpo técnico do museu, afirma Fernanda. “Os Núcleos Educativo e de Mediação estão em fase de reestruturação. Começamos o ano com a chegada de novos estagiários e mudanças na equipe. Colocamos em prática o exercício de autorreflexão para avaliar antigas práticas e renovar nossas ações. O que não significa que a nova dinâmica esteja acabada e em perfeito estado. Esse tipo de trabalho demanda avaliações periódicas e está em constante transformação e aperfeiçoamento”.

Complementa explicando o passo a passo da proposta. “Neste ano, o treinamento dos estagiários se dará a partir de três processos: Em um primeiro momento será a apresentação da instituição e suas normas; a segunda etapa com a mediação de conteúdo pela coordenação do Núcleo Educativo; finalizará com reuniões de grupo de estudo que serão agendadas com frequência”. Kugler reforça que a capacitação será técnica para que todos conheçam profundamente a história do município. “O treinamento dos novos estagiários que compõe o setor educativo do museu é de caráter científico e cultural, pois busca discutir e difundir os conceitos museológicos que competem ao campo da educação patrimonial, assim como preparar a equipe para trabalhar com a história de Carambeí”.

O estágio é o primeiro contato do estudante com a carreira profissional, um momento para adquirir conhecimento unindo a teoria aplicada em sala de aula com a técnica da profissão. O Parque Histórico por ser um museu, um ambiente de construção de conhecimento, se preocupa e busca formação técnica para auxiliar a equipe nesse crescimento, como ressalta Fernanda; “Buscamos com esse novo formato garantir que os estagiários permaneçam em construção pessoal e profissional mesmo que já se sintam preparados para atender os diversos tipos de público, uma vez que as demandas do tempo se encontram sempre em transformação”. O historiador reforça que a capacitação dos membros da equipe é contínua. “Esse preparo é um quadro metodológico importante em museus, pois é um campo fértil para ressignificações, novos olhares, novas abordagens e novos sentidos. O quadro técnico da equipe do Parque está em constante atualização para que, a cada ano possamos aprender com a nossa experiência passada e aprimorarmos a nossa realidade museal”.

Animado o novo integrante da equipe, Matheus Menarim Moers é acadêmico de Licenciatura em História da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e conta o que espera desta oportunidade no Parque Histórico. “Até agora encaro o estágio a partir de três visões específicas. A primeira delas é a acadêmica, visto que o estágio é uma forma de complementar a formação, seja por meio do contato com pessoas ou com discussões e trocas de ideias entre colegas de trabalho. A segunda é trabalhista, o estágio fortalece os alicerces para meu currículo como futuro historiador. A última delas é a visão pessoal. Estive por muito tempo buscando um local bacana para trabalhar, que fizesse sentido e estivesse em sintonia com meus gostos pessoais. Resumindo, o estágio é interessante não apenas em um sentido, mas em uma multiplicidade de fatores”.

Maria Lucia Camargo, acadêmica do curso de Licenciatura em Geografia pela UEPG, está feliz com a oportunidade oferecida pelo Parque Histórico e a dinâmica proposta ajudará a construir sua carreia. “Estou gostando da forma como estão abordando o assunto para nos ensinar, estão sendo muito práticos, pra mim foi uma ótima oportunidade.  Para minha carreira profissional como professora, vai ser excelente porque um bom professor é aquele que viveu experiência e aprendeu para transmitir o conhecimento e ensinar”.