Reforma administrativa será encaminhada ao Congresso em ‘uma a duas semanas’, diz Guedes
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quinta-feira (30) que a proposta de reforma administrativa será encaminhada ao Congresso logo que houver a volta do recesso do Legislativo.
“Nós estamos falando de uma a duas semanas”, disse o ministro, que participou de um evento em São Paulo. O retorno dos trabalhos do Congresso está previsto para 2 de fevereiro. “Meu conselho para o presidente foi ‘acelera'”, afirmou.
Questionado sobre por que a reforma ainda não foi entregue, o ministro apontou que o governo teria adiado por conta dos protestos que ocorreram em diversos países da América Latina no ano passado. Segundo Guedes, o governo Bolsonaro não queria “dar um pretexto” para protestos no Brasil.
Ele ressaltou, no entanto, que o presidente “nunca foi contra a reforma. O que ele fez foi uma questão de timing”.
Guedes disse acreditar que a reforma administrativa não deve enfrentar resistências, e que ela está “muito simples de aprovar”, uma vez que não vai atingir os direitos existentes dos atuais funcionários públicos. “Não atinge o direito de quem está lá”, disse.
De acordo com ele, no entanto, se o congresso quiser “turbinar” a proposta, pode haver alguma oposição. “Mas aí eu delego para a classe política”.
Guedes apontou que o objetivo da reforma é valorizar o bom servidor. “Para ganhar estabilidade agora, tem que provar que é um bom servidor, tem que trabalhar sete oito anos. Se não é possível aplicar pra quem tá hoje, vamos aplicar para o futuro”.
Relação com o Congresso
Após os diversos embates durante a negociação da reforma da Previdência, Paulo Guedes ressaltou o “clima de colaboração” entre o Congresso e o governo federal, e disse confiar no Legislativo.
“Eu confio muito no Congresso, o Congresso está trabalhando, as lideranças estão trabalhando”, afirmou. “O Congresso é reformista, eu vejo isso. Estou vendo agora o Rodrigo Maia apoiando as reformas, conduzindo a reforma da Previdência”, disse Guedes, sobre o presidente da Câmara, também presente ao evento.
“O trabalho do Legislativo é extraordinário, em vez de clima de confronto é de total colaboração. (…) A grande verdade é que é uma cooperação. É uma aliança política de centro direita”.
Fonte: G1