Correio dos Campos

AMCG debate mercado halal na região

30 de novembro de 2021 às 16:33

COM ASSESSORIAS – Oportunidades para exportar para um mercado que abrange 22 países e uma comunidade de 1,8 bilhões de pessoas. O mercado halal, que abrange produtos e serviços que são lícitos para o consumo muçulmano, será debatido por gestores e empresários da Associação dos Municípios dos Campos Gerais (AMCG) no próximo dia 8 de dezembro. Durante a última reunião ordinária de 2021, a entidade recebe representantes da Cdial Halal, referência global em certificação halal, além do secretário estadual da Agricultura, Norberto Ortigara.

O primeiro contato com a empresa e com a Câmara de Comércio Árabe-Brasileira ocorreu durante viagem da comitiva da AMCG aos Emirados Árabes Unidos no último mês de outubro. “Esta pauta é fruto de contatos realizados na Expo-Dubai. Lá, nós prefeitos, fomos convidados a participar de um evento da Câmara de Comércio e vislumbramos a oportunidade de negócios com a comunidade árabe”, explicou o presidente da Associação e prefeito de Castro, Moacyr Fadel. A Cdial Halal e a Câmara de Comércio ofereceram um jantar no dia 12 de outubro ao governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior, 11 prefeitos e cerca de 200 empresários.

O potencial da região no mercado halal reflete a importância na área agropecuária e também da atividade turística. “Temos potencial em diversos setores que podem se beneficiar com essa certificação”, comenta, destacando a possibilidade de negócios futuros, e, consequentemente, da melhoria de arrecadação dos municípios.

Além da já explorada proteína animal – com o abate hala do frango -, o mercado pode abranger químicos, armazéns, heparina, mel, pimenta, gelatina e colágeno, tapioca e derivados e curtum, como exemplos. “Toda a cadeia é importantíssima para garantir a certificação e ampliar as exportações do país”, explica o CEO da Cdial, Ali Saifi, destacando que o Brasil já é o maior exportador de proteína animal do mundo, e com grandes possibilidades de expansão na comunidade mulçumana. “São poucos os países que tem a oferecer tanta rastreabilidade como o Brasil, temos que aproveitar esse potencial”, acredita Saifi, citando que a expectativa do mercado halal global para 2024 é que atinja U$ 3,2 trilhões.