Correio dos Campos

PF investiga furto de R$ 6,5 milhões da Prefeitura de Telêmaco Borba

De acordo com a PF, crime foi cometido por organização a partir de fraude cibernética. Operação nesta quarta-feira (3) procura suspeitos.
3 de abril de 2024 às 10:15
(Foto: Divulgação/PMTB)

A Polícia Federal (PF) do Paraná está investigando o furto de R$ 6,5 milhões da Prefeitura de Telêmaco Borba, nos Campos Gerais.

Conforme a PF, a suspeita é que o crime tenha sido cometido por uma organização criminosa que realiza invasão de dispositivos informáticos.

Nesta quarta-feira (3), a PF do Paraná realizou uma operação para reunir informações e identificar os suspeitos. A ação foi em Brasília (DF), Águas Lindas de Goiás (GO) e Santa Luzia (MG).

Foram expedidos quatro mandados de prisão, 11 mandados de busca e apreensão, 51 mandados de sequestro de bens, arresto e bloqueio, além de 9 mandados de sequestro de criptoativos.

Até a última atualização desta reportagem, a polícia não tinha divulgado um balanço da operação. Os nomes de suspeitos não foram revelados.

Como o crime aconteceu

De acordo com a investigação, os suspeitos criaram um site falso para furtar credenciais e, por meio deste site, induziram um servidor da prefeitura de Telêmaco Borba a fornecer informações de login e senha.

Esse login, conforme a PF, foi utilizado para acessar um sistema interno do município

Ainda de acordo com as investigações, o grupo clonou o perfil do servidor no aplicativo WhatsApp e utilizou engenharia social para se passar por ele.

Em seguida, entraram em contato com o gerente da Caixa Econômica Federal, responsável pelas contas, que autorizou transferências para empresas de fachada, como se fossem fornecedoras da prefeitura.

Após o furto

Quando os suspeitos conseguiram ter acesso aos valores, segundo a PF, distribuíram o dinheiro em diversas contas bancárias e em nome de laranjas.

Após, aponta a investigação, converteram o dinheiro em criptomoedas, o que dificultou o rastreamento dos recursos.

A PF identificou alguns dos beneficiários dos valores, incluindo os integrantes do grupo criminoso que adquiriram bens de luxo e realizaram viagens caras.

Crimes

A PF disse que os crimes que envolvem o caso são furto qualificado mediante fraude, invasão de dispositivo informático, lavagem de capitais e organização criminosa.

Em caso de condenação, a soma das penas chega a 30 anos de prisão.

Posicionamento da Caixa Econômica

Em nota enviada para o Correio dos Campos no meio da tarde de hoje (3), a Caixa Econômica Federal disse que colabora com as investigações e que investe na utilização de ferramentas de segurança e prevenção de fraudes e golpes.

Confira a nota – A CAIXA informa que monitora seus canais e transações, utiliza modernas ferramentas de segurança em seus canais, bem como atua em conjunto com órgãos de segurança pública na investigação de casos suspeitos, assim como na prevenção de fraudes e golpes.

O caso em Telêmaco Borba (PR) ocorreu em abril de 2020 e o processo corre em segredo de justiça.  Mais informações sobre eventos criminosos nas unidades do banco são repassadas exclusivamente às autoridades.

A CAIXA reafirma seu compromisso como principal parceiro do Poder Público em todas as esferas, Federal, Estadual e Municipal.

Como parte da atuação na prevenção de ocorrências, a CAIXA realiza constantemente ações de orientação e esclarecimentos a seus clientes por meio de seus canais de atendimento, sítio eletrônico e redes sociais.

Especificamente para o Poder Público, foi desenvolvida cartilha com dicas de segurança, distribuída aos clientes e disponível em: https://www.caixa.gov.br/Downloads/seguranca/Cartilha-seguranca-prefeitura.pdf.

 

Matéria atualizada às 16h30.