Caminhoneiro condenado a prisão por acidente que matou cinco em Ponta Grossa tem pena reduzida
Um caminhoneiro que foi condenado a 16 anos de prisão por um acidente que matou cinco pessoas de uma mesma família, em Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais do Paraná, teve a pena reduzida pelo Tribunal de Justiça do estado (TJ-PR).
A decisão foi publicada nesta terça-feira (4). Rafael Conrado foi condenado em júri popular em abril de 2019. O acidente em questão foi registrado em abril de 2014, na BR-376. O réu responde em liberdade.
O TJ-PR confirmou a condenação do caminhoneiro, mas reduziu a pena dele em quase quatro anos.
A defesa dele havia pedido a anulação do julgamento realizado em 2019, alegando quebra na imparcialidade dos jurados e que o conjunto de provas não apontava Conrado como responsável pelo acidente.
Ainda segundo a defesa, o acidente foi sido causado por um terceiro veículo, que teria fechado o caminhão conduzido por Rafael. A anulação foi negada pelo TJ-PR.
No entanto, a Justiça acatou outro pedido da defesa e derrubou qualificadoras que aumentavam a pena do réu. Com isso, a pena que era de 16 anos caiu para 12 anos, cinco meses e dez dias.
O caso
O acidente aconteceu em 4 de agosto de 2014. Conforme a denúncia, Conrado dirigia um caminhão bitrem carregado com farelo de soja. O veículo invadiu a pista contrária e acertou o carro onde estava a família. Todos morreram na hora.
Entre as vítimas, havia duas crianças. Uma delas fazia aniversário no dia do acidente. A família estava voltando da comemoração da festa de aniversário.
A operação de resgate durou a noite inteira. O motorista do caminhão foi preso enquanto era atendido no Hospital Municipal, depois que o teste do bafômetro apontou que ele tinha bebido. Rafael Conrado nega que tenha bebido no dia.
O que diz a defesa
A defesa de Rafael Conrado disse que irá recorrer da decisão ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ). No entanto, o advogado considerou que redução da pena é uma vitória.
O representante da família das vítimas lamentou a redução da pena, mas comemorou a confirmação da condenação do réu. A defesa informou que também irá recorrer da decisão no STJ.
Fonte: G1