Correio dos Campos

Reunião discute implantação do Ceasa em Ponta Grossa

Presidente do Ceasa estuda possibilidade com lideranças locais.
20 de dezembro de 2017 às 11:02

COM ASSESSORIAS – Diversas lideranças do município estiveram na tarde desta terça-feira (19), na Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (ACIPG), para discutir a implantação de uma Central de Abastecimento do Paraná (Ceasa), em Ponta Grossa. Participaram da reunião, empresários, agrônomos, representantes da Emater, diretores da ACIPG e integrantes do Movimento Campos Gerais de Igual para Igual que é capitaneado pelo juiz federal Antônio César Bochenek. O encontro contou também com o diretor presidente da Ceasa do Paraná, Natalino Avance de Souza.

O presidente da Sociedade Rural dos Campos Gerais, Edilson Gorte, disse que o Ceasa iria incentivar a produção de hortifrutigranjeiro não apenas em Ponta Grossa, mas em toda a região. “Aqui por Ponta Grossa passam muitos compradores e vendedores que vão para Curitiba, caso tenhamos um local para esta finalidade, teremos uma grande colaboração para o pequeno produtor. Temos muita capacidade para desenvolver uma Central em Ponta Grossa”, disse Gorte.

Souza relata que existe uma expectativa de municipalidade para uma central de abastecimento, que é um pleito antigo. Segundo ele, foram as preocupações em não criar um projeto frágil, fruto de experiências em outras regiões. No entanto, comenta que não é possível ficar insensível ao movimento de atrair melhorias para o desenvolvimento local. “Chegamos a um consenso, prevalecendo uma lógica racional, com o compromisso de passar ao secretário de Estado de Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, o que foi discutido e promover um encontro com ele e as lideranças locais para formalização de um protocolo de um projeto concreto”, adianta.

Ele explica que existem três modalidades de centrais de abastecimento, atualmente, no Brasil. Segundo ele, tanto a modalidade totalmente pública, como a privada apresentam dificuldades. “Nossa proposta para Ponta Grossa é de uma gestão paritária, público-privada, considerando que a privada é muito ágil e sem controle e a pública tem um controle maior, mas proporcionalmente muito morosa. Entendo que o projeto tenha que vencer este desafio”, disse Souza.

O vice-presidente da ACIPG, Luiz Eduardo Pillati Rosas, relata que o local comentado como possibilidade de implantação do Ceasa em Ponta Grossa seria a Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná (Codapar), localizada na BR 376, no KM 56, que supostamente está desativada e é do Governo do Estado. Segundo ele, a reunião foi produtiva em que foram esclarecidos fatores que impediram a vinda do Ceasa para Ponta Grossa anteriormente e foram oferecidas possibilidades para sanar esta questão em médio prazo. “A ACIPG estará atuante nesta discussão, pois tem noção da importância, não apenas para Ponta Grossa, mas para toda a região, auxiliando no escoamento de produtos, e em preços melhores para os consumidores”, avalia Pillati.