Correio dos Campos

DA REDAÇÃO – A disputa pela prefeitura de Piraí do Sul teve nos últimos dias alguns capítulos que podem ter sido determinantes para a definição dos nomes que poderão concorrer a prefeito na eleição do próximo mês de outubro.

Embora alterações sejam bastante comuns no meio político, algumas delas anunciadas como se diz popularmente, aos 45 minutos do segundo tempo, um possível cenário de disputa já parece ganhar contornos bastante reais na cidade: a polarização da disputa entre o atual prefeito, Henrique Carneiro, e Tim Milléo, que ocupou a cadeira máxima do Executivo por três mandatos.

Há pouco menos de 6 meses da data do pleito eleitoral, que em 2024 acontece no dia 6 de outubro, essa possibilidade ganhou bastante força depois que o grupo comandado por Milléo angariou o apoio de três ex-candidatos à prefeito que também disputaram as eleições de 2020, quando Henrique Carneiro foi eleito.

Com o apoio declarado, ao menos até aqui, de Marcelo, Márcio do Gás e Kleber Sampaio, os comandados de Tim devem apostar na união de esforços para tentar vencer Henrique Carneiro nas urnas, ele que até o momento tem demonstrado uma capacidade administrativa que há anos a cidade não via.

Dentro desse cenário, os “entendedores” da política piraiense apostam em duas frentes opostas nas conversas de bastidores.

No primeiro cenário, favorável ao grupo de Tim Milléo, a união com os ex-candidatos, associado à votação obtida por Marcelo Milléo, irmão de Tim e que também disputou a eleição de 2020, seria suficiente para reunir a quantidade necessária de votos para derrotar o atual prefeito.

Na segunda hipótese, em se confirmando a polarização somente entre as duas candidaturas, a rejeição de Tim impulsionaria a campanha de Henrique para uma diferença histórica de votos. Nesse caso, os comentaristas políticos de plantão jogam suas fichas em Henrique indicando as três últimas eleições disputadas e nas quais Milléo foi derrotado, todas com um total próximo a 11 mil votos contrários.

Nos três últimos pleitos, Tim Milléo foi vencido por Antonio El Achkar, José Carlos Sandrini e Henrique Carneiro.

A situação de Toto

Quites com as justiças cível e criminal após o cumprimento das penas impostas pelo judiciário, o ex-prefeito continua impedido de disputar eleições até o ano de 2032, isso porque em uma de suas duas condenações a sentença apontou que o prazo de cassação de direitos eleitorais passaria a contar apenas a partir do cumprimento integral da pena, o que aconteceu em março desse ano.

O Correio dos Campos publica nos próximos dias matéria completa sobre a situação eleitoral de Antonio El Achkar.