Vídeo de criança que “votaria na avó para presidente” viraliza e passa de 9 milhões de visualizações
DA REDAÇÃO – Comendo um hambúrguer de forma despretensiosa no último sábado, dia 1º, na véspera das eleições, o pequeno Theo Henrique, de 6 anos, disse para a família que votaria na avó para presidente, já que ela daria comida para todas as pessoas, assim como fazia em casa.
Gravado pelos familiares em Piraí do Sul, na região dos Campos Gerais, no Paraná, o momento que foi lançado na página pessoal do irmão mais velho de Theo, Pedro Luís, estudante de história da Universidade Estadual de Ponta Grossa, demorou poucas horas para viralizar na internet e passar da casa dos dois milhões de acessos.
Apenas entre sábado e a manhã de ontem (6), o vídeo que foi compartilhado em seis perfis famosos na internet atingiu a incrível marca de mais de 9,5 milhões de visualizações e cerca de 474 mil curtidas.
O vídeo – Durante a conversa com a mãe e os dois irmãos, Theo disse que sua família estivesse no local de “votamento” (sic), ele votaria na avó materna para garantir comida para todas as pessoas. Perguntado pelo irmão o que ele faria se fosse presidente, a criança respondeu que distribuiria Playstation 5 de graça, daria alimento para os pobres e deixaria as pessoas felizes, além de matar os bilionários que zoam os pobres.
A grande repercussão da fala da criança fez com que o conteúdo chegasse a diversos estados do Brasil, a exemplo do que ocorreu em Minas Gerais, onde Theo Henrique foi tema de matérias por dois dias seguidos no jornal Estado de Minas.
O discurso do garoto dividiu opiniões, especialmente pelo final do vídeo, quando se referiu aos bilionários. Enquanto a maioria das pessoas achou fofa e doce a espontaneidade do garoto, alguns internautas questionaram como poderia alguém achar o vídeo bonito.
Inocência e valores – Ao jornal mineiro, a mãe de Theo, Danielle Macedo, diretora de escola pública e que convive diariamente com as dificuldades encontradas em sua comunidade escolar, disse que a fala da criança não teve viés político e muito menos intolerante.
“Algumas pessoas podem achar que é um discurso de ódio, mas não tem ódio nenhum. É um discurso de um menino de seis anos representando a indignação porque tem pessoas que não tem comida. Por isso que seria importante a vó ser presidente, porque, como ela costumava fazer os netos comerem, na cabeça dele, ela ia dar comida para todo mundo”, explica.
“A inocência dele foi tão grande que ele disse que votaria na avó, minha mãe, que faleceu há cerca de 6 meses. Sobre a parte dos bilionários, ele ouve muito o meu pai dizer que o governo deveria taxar os bilionários de forma diferente, porque o sistema atual prejudica as classes média e baixa. Nessa mistura toda e, fruto de sua vivência desde pequeno com a desigualdade, ele soltou aquela frase no final”, emenda a mãe.
“Em casa falamos de política sim, mas sempre priorizando os valores que para nós são essenciais: o respeito a todos, independentemente de cor, credo ou gênero, além de ensinamentos sobre o combate a todo e qualquer tipo de preconceito”, finaliza.