Após primeiro caso na Vila Brasilinha, Dengue se espalhou por todos os bairros da cidade

DA REDAÇÃO – O quadro de epidemia que assusta os moradores de Piraí do Sul com o crescente número de casos de Dengue, teve início no mês de março quando foi confirmado o primeiro caso da doença na Vila Brasilinha, próximo a Escola Maria Flora Scaramella Moreira.
De lá para cá as infecções foram se espalhando e hoje todas as regiões urbanas da cidade já contam com casos confirmados da doença. Na zona rural, casos positivos também já foram identificados em algumas localidades.
Com o aumento expressivo da doença, que até esta quarta-feira contava com 80 casos confirmados e outros 157 suspeitos sendo investigados, o trabalho das equipes de saúde tem se concentrado no combate à proliferação da doença.
Segundo a Vigilância Sanitária, toda vez que acontece a notificação de um caso suspeito, Agentes de Combate à Endemias vão até o local onde reside a pessoa e realizam a remoção mecânica de todo e qualquer recipiente que possa estar acumulando água. Nos recipientes em que é impossível fazer a remoção total acontece a aplicação de um larvicida.
Depois disso é realizado um estudo ambiental da área em torno da notificação para avaliar a necessidade da aplicação do inseticida CIELO (aplicado com bombas costais), fórmula usada para eliminar possíveis mosquitos em sua fase adulta.
Em determinados pontos estratégicos como cemitérios, borracharias e ferros-velhos, por exemplo, uma visita é realizada pelos Agentes a cada 15 dias. Esses locais recebem ainda a aplicação do inseticida FLUDORA (que tem ação residual em superfícies) a cada intervalo de 60 dias.
Aplicação de inseticida
Para que a aplicação do inseticida possa ser feita de acordo com as orientações da 3ª Regional de Saúde, é necessário que antes seja realizado o estudo ambiental de cada área onde aconteceram as notificações. Isso porque por mais seguro que o inseticida se revele para humanos e animais domésticos, ele deve ser usado com cautela, já que o CIELO mata também abelhas, borboletas e outros pequenos insetos, além do mosquito da Dengue.
Outras ações
Além do acompanhamento de cada caso notificado, da aplicação de inseticidas e das visitas repetidas em locais estratégicos e com potencial de transmissão, as secretarias de Saúde e de Meio Ambiente realizaram em parceria um mutirão de limpeza nos bairros da Ronda e Vila Dalcol, retirando mais de 5 toneladas de lixo dessas regiões.
Limpeza de terrenos e estabelecimentos comerciais
Quando a Vigilância Sanitária encontra alguma residência com foco de Dengue, o morador recebe uma advertência para que efetua a limpeza ou a remoção dos recipientes num prazo de até 24 horas.
Caso não seja efetuada a limpeza o morador será multado de acordo com a Lei Municipal nº 1638/2008, que prevê o valor inicial da multa de R$ 616,74. A partir da segunda infração a multa poderá ser aplicada cumulativamente.
Já em estabelecimentos comerciais, após a terceira infração, será feita a interdição do estabelecimento, com a cassação do alvará e da licença sanitária.
Orientações
De acordo com a Vigilância Sanitária, a população pode colaborar com o combate contra o mosquito transmissor da doença adotando as seguintes medidas:
– Manter a caixa de água sempre fechada com tampa adequada;
– Remover folhas, galhos e tudo que possa impedir a água de correr pelas calhas;
– Não deixar água da chuva acumulada sobre lajes;
– Lavar semanalmente por dentro, com escova e sabão, os tanques e recipientes utilizados para armazenar água;
– Eliminar ou encher de areia até as bordas os pratinhos e vasos de plantas;
– Eliminar ou guardar garrafas sempre de cabeça para baixo;
– Entregar pneus velhos ao serviço de limpeza urbana ou guardá-los em locais cobertos e abrigados da chuva;
– Colocar lixos em sacos plásticos e manter a lixeira bem fechada;
– Manter quintais e terrenos baldios sempre capinados e limpos;
– Procurar imediatamente a Unidade Básica de Saúde mais próxima quando sentir sintomas como febre, dor no corpo, dor de cabeça e dor nas articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, vômito, diarreia ou manchas avermelhadas na pele.