Correio dos Campos

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16 de agosto de 2024 às 12:47
(Foto: Arquivo pessoal)

COM ASSESSORIAS – Com apenas 27 dias de vida, Everthon Santana dos Santos, hoje com 7 anos, recebeu o diagnóstico de anemia falciforme na sua cidade natal, Ubaíra (BA), por meio do teste do pezinho. Desde a descoberta, ele e a mãe, Rozangela, viajavam 270km todos os meses até Salvador para que o menino pudesse fazer transfusão de sangue, que é um dos tratamentos para a doença.

A anemia falciforme é hereditária e caracterizada por uma mutação no gene que produz os glóbulos vermelhos do sangue (hemoglobina). Em período de crise, a hemácia muda o seu formato, dificultando a passagem do oxigênio, o que pode causar obstrução de vasos e má circulação do sangue em diversos órgãos, podendo provocar pequenos infartos e levando a comprometimento do funcionamento do corpo. Entre as complicações mais comuns estão as crises de dor, anemia, infecções e risco de acidente vascular cerebral (AVC), como era o caso de Everthon.

No início deste ano, os exames do menino revelaram o risco iminente de AVC, o que fez com que ele recebesse a indicação do transplante de medula óssea (TMO), que é o único tratamento curativo para a doença falciforme no Brasil. Como o procedimento é considerado de alta complexidade e não é realizado no seu estado de origem, ele foi encaminhado para o Pequeno Príncipe, o maior e mais completo hospital pediátrico do país, que fica em Curitiba (PR).

A instituição é referência nacional em TMO para o tratamento de anemias falciformes, de doenças malignas e no atendimento de pacientes com falências medulares adquiridas e hereditárias, imunodeficiências primárias e doenças raras. “Eu achava que o transplante era uma coisa simples, mas é um processo bastante intenso. A equipe que cuidou de nós é maravilhosa, e todo nosso tratamento foi pelo SUS. O que também fez toda a diferença foi termos tudo aqui dentro do Hospital, desde alimentação, medicamentos, acompanhamento com professora, dentista, nutricionista e muito mais. Só temos a agradecer”, relata Rozangela Borges dos Santos, mãe do menino.

Transplante de medula óssea n.º 500

O procedimento de Everthon é o de número 500 do Pequeno Príncipe, um importante marco para o Serviço de Transplante de Medula Óssea, que transforma a vida de crianças e adolescentes de todo o país há mais de uma década. “Nossa equipe se sente muito feliz em atingir essa marca. É uma grande conquista para todos por meio de muita dedicação, cuidado, excelência técnico-científica, mas principalmente muito amor pelo que fazemos. Hoje, crianças que transplantamos quando eram bebês já estão adolescentes. Vê-los bem é nosso maior presente”, enfatiza a médica responsável pelo serviço, Cilmara Kuwahara.

Cerca de 30% dos procedimentos realizados pela instituição são em bebês, crianças e adolescentes diagnosticados com doenças raras. Em média, 60 transplantes são realizados anualmente no Pequeno Príncipe, que é responsável por 12% de todos os TMOs pediátricos feitos no Brasil.

A equipe do Serviço de Transplante de Medula Óssea do Hospital é formada por médicas com formação em transplante pediátrico, enfermeiros e técnicos, infectologistas, intensivistas, nefrologistas, cardiologistas, neurologistas, endocrinologistas, dermatologistas e hemoterapeuta. Além disso, a assistência aos pacientes também conta com toda uma estrutura que envolve, entre outras áreas, o Laboratório Genômico, Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe e auxílio das equipes multiprofissionais (psicólogos, nutricionistas, assistentes sociais, fisioterapeutas, dentistas e farmacêuticos).

Tudo isso garante um atendimento de excelência e que faz a diferença no tratamento dos pacientes e nos resultados dos transplantes. “No Pequeno Príncipe, temos acesso a várias tecnologias de ponta, e a instituição é referência em muitas áreas da pediatria. As equipes multiprofissionais e as diferentes especialidades médicas trazem um olhar diferenciado no cuidado de cada criança, o que é fundamental para os resultados que temos. Além disso, também temos uma participação ativa em atividades acadêmicas dentro e fora do Hospital, o que possibilita levar nossa excelência por todo o país”, finaliza Cilmara Kuwahara.