Correio dos Campos

Brasileiros na Síria estão “sem comer e sem dormir”; veja relatos de familiares

Pelo menos mais de 11 mil pessoas morreram na Turquia e na Síria depois que o terremoto de magnitude 7,8 atingiu os dois países na última segunda-feira
8 de fevereiro de 2023 às 14:25
(Foto: Claito Souza | RICtv)

A comunidade islâmica de Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná, está bastante preocupada. A maioria dos mulçumanos que vivem na fronteira tem algum parente que mora no Oriente Médio, região onde estão sendo registrados fortes terremotos. O desafio é manter contato o tempo todo para saber se o pai, mãe, irmãos e amigos estão bem.

Mona Sharaf é empresária e está há 40 anos em Foz do Iguaçu. Três irmãos dela vivem na capital da Síria. Assim que a notícia dos terremotos cruzou fronteiras até o Brasil, a empresária fez questão de manter o contato com toda família. Em Damasco foram registrados tremores, o que obrigou os irmãos da mona a ficarem na rua esperando que o pior passasse o quanto antes. “Era quatro horas da madrugada que deu o terremoto, aí eles desceram na rua, ficaram na rua até terminar o terremoto. Eles estão sem dormir, sem luz, sem água, é frio, é neve… é difícil”.

Ammar Keitkati é empresário e vive há nove anos na cidade da fronteira. Cidade que tem a segunda maior comunidade islâmica do Brasil. São cerca de 30 mil mulçumanos que têm algum parente que vive no Oriente Médio. A família dele passou por apuros nos últimos dias. “Muito perigoso para elas. Toda hora falo com elas, elas ficam muito nervosas, porque não sabem se vai ter de novo.”

Em números

Pelo menos mais de 11 mil pessoas morreram na Turquia e na Síria depois que o terremoto de magnitude 7,8 atingiu os dois países na última segunda-feira. A estimativa é que outras 50 mil pessoas estão feridas. A organização mundial da saúde calcula que 23 milhões de pessoas podem ser afetadas pelos frequentes terremotos.

A embaixada brasileira em Damasco, informou que não teve notícias, até o momento, de cidadãos brasileiros feridos ou mortos por ocasião do terremoto de 6 de fevereiro último, na Síria. “Estamos operando em regime de plantão para prestar assistência consular a eventuais necessitados”, diz a nota emitida pela embaixada.

Fonte: RIC Mais

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