Correio dos Campos

Um homem, de 29 anos, acusado de tentar matar a ex-companheira pelo menos duas vezes em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) está foragido da Polícia Civil. A vítima tem 22 anos e acusa o suspeito de esfaqueá-la em várias partes do corpo, incluindo o útero da jovem.

O foragido identificado como Jean Carlos Borges, viveu um relacionamento com a jovem de seis anos. Segundo relato da advogada da vítima para RICtv, Jean não aceitava o fim da relação. A profissional relata que a cliente não suportava mais “sofrimento, violência física e psicológica”.

“Ele mostrou essa personalidade distinta ao longo do relacionamento, eles tiveram muitas idas e vindas até ela começar a ser agredida, até ela começar a ser ameaçada, humilhada, não somente ela mas a família dela também”, relatou Jayne Piaskoski advogada da vítima.

Segundo a defesa da jovem, Jean não deixava a vítima ter contato com a família, não a deixava estudar e trabalhar. Foram registrados mais de 10 boletins de ocorrência por violência doméstica contra o ex-companheiro. Antes das facadas, ele já respondia em liberdade por lesão corporal contra a ela. Ele usava tornozeleira eletrônica, que foi rompida no dia das facadas, em 13 de agosto.

Conforme a RICtv, a vítima está se recuperando dos graves ferimentos e convive com o medo de morrer. Ela precisou passar por cirurgias.

Os crimes

No ano passado a jovem havia terminado com Jean e estava morando com a mãe. Ele foi até o imóvel e a agrediu até que desmaiasse. O irmão da vítima pediu socorro para a mãe através de mensagens. Essa foi a primeira tentativa de matá-la, segundo a reportagem do Balanço Geral Curitiba, que teve acesso às mensagens trocadas entre a mãe e o irmão da jovem.

A vítima voltava do trabalho quando sofreu o segundo ataque do ex-companheiro. Segundo Jayne Piaskoski, a cliente foi esfaqueada em órgãos vitais e conseguiu correr por 150 metros para pedir ajuda.
Uma mulher a ajudou e conseguiu ligar para o irmão mais velho da vítima, que acionou a polícia e uma ambulância para encaminhá-la a um hospital.

Durante a ação criminosa, o suspeito teria dito que se ela não fosse dele, não seria de mais ninguém. “Ela vive uma trama, vive um pesadelo todos os dias, ela não consegue comer, não consegue ter um convívio em sociedade”, concluiu a advogada.

Fonte: RIC Mais

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