Correio dos Campos

Homem mente sobre paradeiro da companheira, oculta cadáver e tenta se livrar das provas

Etelvina dos Anjos de 52 anos estava desaparecida oficialmente desde o dia 14 de janeiro; o corpo dela foi localizado em avançado estado de decomposição no Sudoeste do Paraná
28 de janeiro de 2022 às 15:09
(Foto: arquivo de família)

Uma mulher que estava desaparecida há quase 20 dias foi localizada morta em uma área rural de Ampére, no Sudoeste do Estado. Segundo apurado pela Polícia Civil, a mulher foi morta a marteladas, teve o corpo jogado em uma área de mata e a casa onde morava foi destruída por um incêndio. O principal suspeito do crime é o companheiro dela, que agiu com auxílio do genro.

Etelvina dos Anjos de 52 anos estava desaparecida oficialmente desde o dia 14 de janeiro, depois que seu companheiro foi até a Delegacia de Polícia Civil e registrou um Boletim de Ocorrência relatando que Etelvina havia saído da residência no dia 08 e não retornou mais.

O corpo foi localizado enrolado em um cobertor, em avançado estado de decomposição, entre uma lavoura de soja e uma mata, na comunidade de linha Biazin, cerca de quatro quilômetros do perímetro urbano do município.

Em depoimento na Delegacia de Polícia, o companheiro de confessou o crime e relatou que matou a mulher a marteladas. A motivação, segundo o acusado, foi ciúmes.

“Ele relatou que na noite do dia 08 de janeiro aconteceu uma briga entre o casal, por ciúmes. A mulher teria apanhado uma faca e desferido um golpe em uma das mãos do homem, que pegou um martelo e atingiu a vítima na cabeça. Após cometer o crime ele foi até a casa da filha, que fica em um bairro próximo, e lá pediu para que o genro fosse até sua casa para ajudar em uma situação. Os dois enrolaram Etelvina em cobertas, colocaram no bagageiro do carro do rapaz de 23 anos e levaram até o local onde ela foi achada”, Taís Melo – delegada de Polícia Civil

Crime bárbaro

Além de responder por feminicídio, ocultação de cadáver, falsa comunicação de crime, ocultação de cadáver, ele também pode ser indiciado pelo incêndio na residência que morava com Etelvina.

Isso porque, dois dias depois de registrar o Boletim de Ocorrência do desaparecimento da companheira, a casa onde eles moravam, foi destruída por um incêndio.

Em depoimento, o homem relatou que saiu para ir à missa, quando foi informado que o imóvel foi consumido pelas chamas. Para a polícia, o fogo pode ser criminoso.

“A polícia acredita que o fogo pode ter sido intencional, na tentativa de apagar provas do crime e dificultar a investigação”, Taís Melo – delegada de Polícia Civil

O carro que foi utilizado para carregar o corpo da mulher até a área de mata também foi encontrado. O veículo Gol, que era de propriedade do genro, foi vendido para uma terceira pessoa, no último fim de semana.

Durante as investigações, os policiais localizaram o automóvel no bairro Santa Paulina, na cidade de Ampére. O veículo foi apreendido e irá passar por perícia.