“Eu não desejo para nem um pai ou mãe ver o que vi” relata pai de jovem que foi mantida em cárcere
Na manhã da última quarta-feira os pais da jovem receberam um vídeo perturbador, onde ela era agredida e mantida em cárcere privado, pelo próprio companheiro
“É duro para um pai e uma mãe receber o vídeo que eu recebi. Eu não desejo para nem um pai e nem uma mãe. Ver a minha filha sendo agredida daquele jeito, em cárcere privado. Ela tem hematomas no olho, pelo corpo. É Difícil.”
A mulher agredida tem 24 anos e é de uma família tradicional na região. Há 1 ano e meio ela apresentou um amigo aos pais, logo ele virou namorado. Em seis meses já estavam morando juntos. Eles viviam nesse condomínio em Foz do Iguaçu.
“ Eu acredito que a partir de uns seis meses começou a violência, ela vinha visitar a gente a cada três meses”
Na manhã da última quarta-feira os pais da jovem receberam um vídeo perturbador. Onde ela era agredida e mantida em cárcere privado, pelo próprio companheiro. Os pais acionaram a polícia que conseguiu resgatar a moça e prender o agressor.
A Delegacia da Mulher de Foz do Iguaçu é quem investiga esse caso. Mas a família da jovem está apreensiva, porque a polícia não passa informações. Não se sabe, por exemplo, se esse homem ainda está preso e como este crime está sendo tratado.
O pai da jovem conta que o companheiro da filha não aparentava ser quem ele dizia que era.
“ No primeiro dia a gente já viu que ele não era uma pessoa boa. Ele vinha namorar aqui, com pistola se passando por polícia dentro da minha casa, falando que estava a 7 anos. Nós começamos a desconfiar porque ele nunca estava no quartel. Aí fomos no quartel e puxamos o nome dele e daí parecia que nosso mundo ia desabar. Não é nada do que nossa filha estava falando.
Depois de descobrir a mentira, os pais avisaram a filha, mas ela preferiu continuar com a relação. E a distância com a família aumentou. Mas hoje ela está em casa e passa bem. Já fala em voltar a fazer faculdade e seguir em frente. Um alívio para o coração desse pai.
E mesmo depois de tanta violência, o pai da jovem ainda encontra compaixão.
“Eu não quero mal para ninguém, mas só quero que faça a justiça. O que é para ele pagar, melhor a justiça de Deus, depois a justiça do homem. Graças a Deus estamos nos recuperando, é vida que segue, vida nova”.
Fonte: Ricmais