“Ele ia matar a criança”, conta vizinha do menino de 4 anos espancado pelo padrasto
Vizinhos do apartamento onde vivia o menino de 4 anos espancado pelo padrasto no último domingo (3) em Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba, protestaram na tarde desta quarta-feira (5) e pedem justiça pela criança. Ao contrário da versão apresentada pela mãe, os vizinhos afirmam que as agressões contra a criança eram constantes e sempre ouviam gritos do menino.
Uma das presentes no protesto, identificada como Gleici, ex-síndica do condomínio onde o acusado moravam, conta que nunca acreditou na versão dada pelo padrasto da criança.
“Eu presenciei um relato dele (a criança) roxo e machucado, foi onde eu desconfiei. Chamei, peguei o menininho para conversar, só que bem na hora o Fábio (padrasto da criança) foi lá, ‘catou’ o neném, colocou no colo e falou que era uma mordida de cachorro.”, conta Gleici.
Ela afirma que o vizinho mais próximo do casal, que deve prestar depoimento nos próximos dias, viu o menino apanhar do último domingo.
“Conversei com vizinhos pra gente ficar de olho e tomar uma providência. Se continuasse daquele jeito, a criança ia morrer. Ele ia matar essa criança.”, explica a ex-síndica.
A mãe confirmou à polícia que o padrasto bateu no filho e que ela não teve como intervir. Ela foi acusada por omissão e o padrasto por agressão.
No hospital, o pai do menino disse que ficou sabendo do caso depois de receber uma ligação de uma assistente social e que o conselho tutelar foi até a casa em que o menino morava com a mãe depois de receber denúncias de maus tratos. Para polícia, em boletim de ocorrência, o pai contou é separado da mãe da criança há seis meses e que o menino contou que foi agredido pelo padrasto de chinelo e que a mãe o deixava sozinho trancado lavanderia.
Fonte: Ricmais