Correio dos Campos

90 gatos são retirados de casa por maus-tratos após decisão da Justiça em Ponta Grossa, diz polícia

Mandado de busca e apreensão foi cumprido na manhã desta segunda-feira (1º), em uma casa no bairro Boa Vista. Defesa da proprietária disse que recorreu da decisão.
2 de fevereiro de 2021 às 14:47
90 gatos foram retirados de casa pela Polícia Civil em Ponta Grossa. (Foto: André Salamucha/RPC)

A Polícia Civil resgatou 90 gatos de uma casa de Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, após uma decisão da Justiça na manhã desta segunda-feira (1º).

No local, no bairro Boa Vista, estavam 156 gatos dentro de uma estrutura semelhante a um canil com divisórias no quintal. Segundo a polícia, a situação de maus-tratos se configura por causa do tamanho do espaço para a quantidade de gatos.

Os 90 animais retirados da casa após o cumprimento do mandado de busca e apreensão foram encaminhados ao Centro de Referência Animal em Risco (Crar) da cidade, onde passarão por avaliação clínica e ficarão em lares provisórios até estarem aptos para adoção.

A proprietária acompanhou toda a ação da polícia. Segundo Cristiane Baron Beraldo, advogada da mulher, a defesa recorreu do mandado cumprido nesta manhã.

Além disso, a defesa afirmou os animais não estão em risco ou sofrem-maus tratos.

Segundo a PC, ação foi realizada em conjunto com o Crar e é continuação do processo iniciado no ano passado contra a mesma suspeita, após a Secretaria de Meio Ambiente receber denúncias da condição de gatos. Na época, em fevereiro, 380 gatos foram resgatados e a proprietária da casa foi presa.

Ela voltou a ser levada para a delegacia em dezembro, quando mais 160 gatos foram resgatados.

“Hoje está sendo cumprido um madado de busca e apreensão dentro do procedimento que houve flagrante uns meses atrás. Após uma conversa com o Crar e o Grupo Fauna, que verificaram qual a capacidade de absorvição de animais com o cumprimento hoje, os gatos devem ser colocados para tratamento e reinserção em um lar provisório até a decisão final da Justiça. No local, verifica-se que os animais já estão em condição melhor, e com redução do numero de animais auxiliará no bem-estar deles”, disse o delegado Maurício Souza da Luz, responsável pelo caso.

Espaço reduzido

Segundo o veterinário Cristóvão Câmara Pereira, que acompanhou a ação, os animais tinham boas condições físicas, mas o tamanho reduzido afeta no desenvolvimento da espécie.

“A condição física deles está boa, eles têm água e ração disponíveis. Mas o problema é a superlotação, o pequeno espaço para cada gato exercer o instinto natural da espécie e nesse espaço eles não conseguem. Se fossem menos felinos eles teriam mais condição de exercer o comportamento da raça e seriam mais felizes”, afirmou.

Fonte: G1