Correio dos Campos

Homem réu por matar mulher a tiros em parque aquático de Irati é condenado a 24 anos e 4 meses de prisão

Ivanilda Kanarski tinha 30 anos e estava brincando com os filhos quando foi baleada. Caso ocorreu em julho de 2018. Júri começou na manhã de quarta (9) e terminou na noite desta quinta (10).
11 de dezembro de 2020 às 14:39
Ivanilda Kanarski foi morta em um parque aquático em Irati. (Foto: Reprodução/RPC)

Um homem réu por matar a mulher, Ivanilda Kanarski, em um parque aquático de Irati, na região central do Paraná, foi condenado a 24 anos e quatro meses de prisão, na noite desta quinta-feira (10).

O Tribunal do Júri condenou João Fernando Nedopetalski, de 38 anos, pelos crimes de homicídio qualificado que dificultou a defesa da vítima e tentativa de homicídio contra o irmão de Ivanilda.

O julgamento começou por volta das 9h de quarta-feira (9). Ao todo, foram sete jurados, sete testemunhas de defesa e cinco de acusação.

O caso ocorreu em 26 de julho de 2018. Conforme a Polícia Civil, Ivanilda, que tinha 30 anos, estava brincando com os filhos, de sete e 12 anos, quando o marido chegou de carro, desceu e começou a atirar.

A mulher foi atingida por dois tiros. Ela chegou a ser socorrida com vida e levada a um hospital, mas não resistiu.

O irmão da vítima, que estava acompanhando a família no parque aquático, tentou conter o atirador, ainda segundo a polícia.

Um policial que estava de folga no parque ouviu os tiros e conseguiu prender o suspeito com a arma.

Durante a audiência de custódia, realizada no seguinte ao crime, a Justiça decretou a prisão preventiva de Nedopetalski.

No depoimento desta quinta-feira, ele disse que estava se separando de Ivanilda porque ela estava se relacionando com outra pessoa. Afirmou também que ele pretendia levar os filhos para Curitiba, mas que Ivanilda não queria permitir.

Nedopetalski disse que, durante a discussão sobre esse assunto, ele atirou nela.

O que dizem os citados

Os advogados que representam a família de Ivanilda Kanarski disseram que, diante da gravidade do caso, a pena deve ser aumentada.

A defesa de João Fernando Nedopetalski disse que os jurados acataram o pedido da defesa e afastaram a qualificadora de feminicídio.

“A defesa requereu, com base nas provas do processo, a correta aplicação da lei, pois que nem toda morte de vítima mulher configura feminicídio. Respeitamos a soberania dos vereditos, mas recorreremos da dosimetria da pena”, disse o advogado Jeffrey Chiquini.

Fonte: G1