Correio dos Campos

Filhos de paranaense morta na França podem ficar em abrigo por seis meses, diz consulado

Franciele Alves foi morta a facadas no apartamento onde morava com as crianças, que têm 2 e 4 anos, e com o marido. Companheiro é o principal suspeito do crime; ele está preso desde o dia 26.
30 de setembro de 2020 às 14:49
Franciele Alves foi morta na França. (Foto: Reprodução/RPC)

Os dois filhos da paranaense Franciele Alves, que foi morta a facadas na França, estão, provisoriamente, abrigados em um lar para menores e ficarão sob a custódia do estado francês.

De acordo com o Consulado Geral do Brasil na França, as crianças, de 2 e 4 anos, estão recebendo cuidados especializados, e a expectativa é de que o juiz, designado para cuidar do caso, determine que elas continuem abrigadas no local por mais seis meses. Neste período deve ocorrer o processo judicial que definirá o futuro dos irmãos.

Franciele foi encontrada morta no dia 25 de setembro, na cidade de Champigny-sur-Marne, que fica na região de Paris. O marido dela, o brasileiro Rodrigo Martin, é o principal suspeito do crime. Ele está preso desde o dia 26.

A família de Franciele mora em Paiçandu, no norte do Paraná, e contou que a paranaense mudou de país há dois anos com o marido e os filhos.

Leandro Gabriel Torres da Silva, irmão de Franciele, disse que depois da mudança, a irmã começou a reclamar do companheiro e relatou que era agredida por ele.

Em uma conversa, ela disse que procurou uma igreja local após uma das agressões, o casal foi assistido e o marido prometeu que mudaria o comportamento. No entanto, ainda segundo a família, a vítima era monitorada e impedida de sair de casa pelo companheiro.

Translado do corpo

O Consulado do Brasil na França informou ainda que desde o dia 26 está em contato com representantes da comunidade brasileira, com um irmão da vítima e também com autoridades locais, como a prefeitura de Champigny-sur-Marne e o Ministério Público francês.

O corpo de Franciele Alves será mantido no Instituto Médico-Legal local até a conclusão das investigações sobre o caso. Depois disso, o corpo será liberado e translado para o Brasil será autorizado.

Sem condições financeiras para fazer o transporte do corpo, a família da paranaense está arrecadando doações em dinheiro. Um grupo de brasileiros que mora na França também está mobilizado para ajudar no transporte do corpo e outras despesas que a família possa ter.

O Consulado do Brasil na França encerrou que, até esta terça-feira (29), não foi contatado por familiares ou amigos de Rodrigo Martin, suspeito do crime. Mesmo assim, acompanhará os desdobramentos do processo criminal e prestará o apoio.

Fonte: G1