Correio dos Campos

Golpe do WhatsApp clonado cresce entre pessoas que anunciam produtos na internet

13 de julho de 2020 às 09:07
(Foto: Divulgação/TRIBUNA PR)

Em tempos de pandemia e reclusão social, o aparelho celular virou uma ferramenta importante para o dia a dia, com várias facilidades. No entanto, um dos aplicativos mais tradicionais se tornou virou motivo de preocupação para as autoridades policiais com o golpe do WhatsApp. A ação está sendo muito aplicada por estelionatários que buscam um ganho financeiro ao enganar familiares e amigos da vítima, que tem seu celular clonado.

O alerta do crescimento neste tipo de golpe foi passado pelo delegado Emmanoel David, da Delegacia de Estelionatos de Curitiba. A estratégia do crime alterna bastante, para complicar a vida dos policias, mas o mais comum tem sido aquele no qual uma pessoa coloca um produto para vender ou trocar em aplicativos de celular. A ideia do criminoso é chegar nos contatos para pedir dinheiro. Quando se anuncia, o vendedor deixa um telefone para o interessado e aí que pode dar problema.

“O estelionatário liga para o telefone no anúncio e avisa que é funcionário do aplicativo e que o vendedor precisa confirmar um código de seis dígitos que foi enviado por uma mensagem de texto para validar o anúncio. No entanto, o código é uma verificação para que o WhatsApp permita ao criminoso acessar o perfil da vítima. Assim que o anunciante confirma os dígitos, o estelionatário desvia o whats da vítima para o celular dele”, explica o delegado.

Amigos e familiares

Com o perfil da vítima literalmente nas mãos, o criminoso começa a mandar mensagens para os principais contatos. Amigos, familiares são bombardeados com pedidos de socorro. “Em texto, inventa uma história que está com carro quebrado na estrada e que o mecânico não libera o veículo se não tiver o dinheiro na conta ou até mesmo que está hospitalizado. O dinheiro vai para conta de laranjas que são sacados na hora ou transferidos para outras contas”, informou Emmanoel David.

Golpes na praça

Além do golpe do WhatsApp, outros estão circulando na praça. A cilada do bilhete premiado já chegou a R$ 30 mil de prejuízo em duas famílias. Em outro golpe, uma ligação de um possível sequestro chegou a matar um senhor em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba. E existe até um aplicativo falso chamado Covidi-19 Tracker, em que as pessoas, na procura por dados da doença, teriam seus celulares bloqueados.

Fonte: Tribuna PR