Correio dos Campos

Caso Tatiane Spitzner: após 12 horas de julgamento, Justiça nega habeas corpus e mantém prisão preventiva de Luís Felipe Manvailer

22 de junho de 2020 às 16:30
Luis Felipe Manvailer é réu no processo acusado do assassinato da advogada Tatiane Spitzner — Foto: Reprodução

G1 – Os desembargadores da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) negaram um pedido de habeas corpus e mantiveram a prisão preventiva de Luis Felipe Manvailer, acusado de ter assassinato a advogada Tatiane Spitzner em Guarapuava, na região central do Paraná.

O julgamento foi feito por videoconferência e durou cerca de 12 horas, na quinta-feira (18). Por unanimidade, os desembargadores votaram pela manutenção da prisão preventiva do réu, que será julgado pelo Tribunal do Júri. Atualmente, Manvailer está detido na Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG).

A advogada Tatiane Spitzner foi encontrada morta na madrugada do dia 22 de julho de 2018 no apartamento em que morava em Guarapuava.

O G1 tenta contato com a defesa de Manvailer e também da família de Tatiane.

Luis Felipe Manvailer foi acusado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) por homicídio qualificado por motivo torpe, asfixia mecânica, dificultar a defesa da vítima, além de feminicídio. Ainda conforme a denúncia, o réu cometeu fraude processual e cárcere privado.

Relembre o caso

A advogada Tatiane Spitzner foi encontrada morta na madrugada do dia 22 de julho no apartamento em que morava na cidade. De acordo com a Polícia Militar (PM), houve um chamado informando que uma mulher teria saltado ou sido jogada de um prédio.

A polícia informou que encontrou sangue na calçada do prédio ao chegar no local. Testemunhas disseram que um homem carregou o corpo para dentro do edifício. Conforme a PM, o corpo de Tatiane estava dentro do apartamento.

Manvailer foi preso horas depois da morte da advogada ao se envolver em um acidente na BR-277, em São Miguel do Iguaçu, no oeste do Paraná. A cidade fica a aproximadamente 340 quilômetros de Guarapuava, onde o crime aconteceu.

Durante uma audiência de custódia, Manvailer negou que tenha matado a esposa e disse que advogada cometeu suicídio. O acusado disse ainda que se acidentou porque a imagem de Tatiane pulando da sacada não saía da cabeça dele. Para a Polícia Civil, Manvailer tentava fugir para o Paraguai.

Em uma audiência de instrução, no dia 21 de março, o acusado negou novamente que matou a advogada. Ele declarou que a família de Tatiane influenciou algumas testemunhas que disseram na delegacia que haviam ouvido a advogada gritando durante a queda.

Segundo Manvailer, as testemunhas mudaram o depoimento nas audiências. No mesmo dia, o acusado preferiu não responder ao questionário feito pela Justiça e a audiência foi encerrada.