Correio dos Campos

Polícia assume erro e pai consegue a soltura do filho preso por engano

Homem viajou a madrugada inteira para acompanhar o processo que o filho era acusado
10 de junho de 2020 às 08:52
Foto: RicMais

Um pai conseguiu uma vitória na justiça após o filho passar quatro dias preso na delegacia de Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba. O jovem teve a prisão temporária decretada após aparecer em imagens de câmeras de segurança no local do crime que terminou com a morte do empresário Célio Roberto Soares de Campos. Após quatro dias detido, o pai conseguiu a soltura do filho.

“Quando eu cheguei aqui na porta da delegacia me bateu o desespero. Porque eu sabendo que meu filho é inocente, sabendo que meu filho não faria mal para ninguém, porque a gente criou e educou ele muito bem. Quando eu olhei ele do lado de dentro daquele muro e eu não podendo fazer nada, eu me senti impotente, eu me senti uma pessoa limitada. E isso me angustiou muito”, revelou o pai que viajou durante horas do Mato Grosso até o Paraná, Junior Grotti.

Um pai conseguiu uma vitória na justiça após o filho passar quatro dias preso na delegacia de Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba. O jovem teve a prisão temporária decretada após aparecer em imagens de câmeras de segurança no local do crime que terminou com a morte do empresário Célio Roberto Soares de Campos. Após quatro dias detido, o pai conseguiu a soltura do filho.

“Quando eu cheguei aqui na porta da delegacia me bateu o desespero. Porque eu sabendo que meu filho é inocente, sabendo que meu filho não faria mal para ninguém, porque a gente criou e educou ele muito bem. Quando eu olhei ele do lado de dentro daquele muro e eu não podendo fazer nada, eu me senti impotente, eu me senti uma pessoa limitada. E isso me angustiou muito”, revelou o pai que viajou durante horas do Mato Grosso até o Paraná, Junior Grotti.

Preso por engano em Araucária

O jovem Victor Gabriel Grotti foi preso após ser flagrado por uma câmera de segurança no momento que entrava no local que o empresário Célio Roberto Soares de Campos foi encontrado morto. Entretanto, o jovem havia ido ao estabelecimento para ver a esposa na escola de dança e não na empresa de segurança, que fica no mesmo imóvel. Após análises, a investigação decretou a prisão temporária do jovem.

“Ele estava na frente do estabelecimento onde a vítima foi morta, desce, conversa no celular, enquanto o motorista do aplicativo uber fica parado, e entra de novo e vai embora. Seis minutos depois, entra o assassino, mata a vítima e vai embora. A prisão do Victor, com base nessas informações, uma prisão temporária que não o acusa de nada, para auxiliar nas investigações, foi decretada essa prisão. E aqui foi esclarecido que ele não tem nenhum envolvimento”, revelou o delegado Tiago Wladyka.

Entretanto, desde o momento da prisão até a soltura, o jovem e a família passaram por momentos desesperadores. Victor é casado e vivia apenas com a companheira no Paraná, o restante dos parentes moram em outros estados. “Chorei muito, porque para mim isso não é uma coisa de uma vivência”, revela o jovem ao contar que esta foi a primeira vez que entrou em uma delegacia.

“Eu não entendi nada do que estava acontecendo, porque eu não lembrava do que tinha acontecido, na verdade nem sabia que tinha acontecido esse crime. Eu estava trabalhando e fiquei sem entender nada, até no começo achei que era alguma coisa, um sequestro, porque eu não sabia o que tava acontecendo. Eu fui totalmente surpreendido”, recorda Victor que foi preso no trabalho.

Ao saber da situação, o pai de Victor seguiu viagem para Araucária e nem avisou outros familiares. Após horas de estrada, o homem sofreu o choque de encontrar o filho inocente dentro de uma cela. Porém, acreditando na justiça o homem buscou advogados e conseguiu a liberdade do filho quatro dias depois.

“Hoje eu estou aqui para representar todas aquelas famílias de bem que foram injustiçadas de alguma maneira. Perante a justiça foi comprovado que ele é inocente, mas a gente precisa dar um parecer para a sociedade, nós somos pessoas de bem. A gente não pode se calar”, contou o pai.

Feliz no reencontro com o filho, o homem ainda exaltou. “Se eu não fosse uma pessoa bem esclarecida, se eu não conhecesse pessoas, o meu filho poderia pagar por um crime que ele não cometeu”, finalizou.

Fonte: RicMais