Correio dos Campos

G1 – Aos 19 anos, Amaral Rodrigues Lacerda luta para encontrar um doador de medula compatível para se curar de uma leucemia. Mãe do jovem, Magda Rosa de Lacerda conta que ele enfrenta a doença há seis anos e possui uma doença pulmonar. Ela afirma que, apesar das dificuldades, o filho nunca perdeu a esperança.

“Ele luta para viver. Ele obedece certinho os médicos. Eu falo para ele que nós temos o dia certo de descer e o dia certo para subir. É difícil ver ele em depressão, tristeza, você não vê”, conta a mãe.
Quem quiser ser doador de medula deve procurar o Hemocentro para se cadastrar. Em Goiânia, a unidade fica na Avenida Anhanguera, no Setor Coimbra.

Luta contra a doença

Foram várias as tentativas com quimioterapia, mas, segundo a mãe do jovem, o organismo dele não respondeu a nenhuma. “Dia 14 de abril de 2014 que ele fez a primeira quimioterapia. Ele fez a brasileira, não deu certo. Depois, ele fez a alemã, não deu certo. Aí ele fez a quimioterapia inglesa e também não deu certo”.

Em meio ao tratamento que, conforme o relato da mãe, era muito sofrido, Amaral encontrou dois doadores de medula óssea compatíveis. Porém, os transplantes feitos nos anos de 2016 e 2019 não tiveram resultados positivos.

Muito debilitado, há 3 anos, além da leucemia, o jovem foi diagnosticado com um fungo no pulmão. Por isto, Magda conta que foi orientada pelos médicos a deixar a casa onde moravam e se mudar para um apartamento. “O doutor disse que se não mudasse do segundo andar para cima, eu perderia o Amaral”, conta a mãe.

Pedido de ajuda

Por conta disso, a mãe teve que deixar a casa própria para morar de aluguel, o qual custa R$ 1,7 mil. Ela conta também que os medicamentos são caros e que, apesar de conseguir alguns na Central de Medicamentos de Alto Custo Juarez Barbosa, as dificuldades são muitas.

“Pesou um pouco porque as medicações só estão aumentando. As complicações de saúde também estão aumentando. Cada vez que vai ao médico, mudam as medicações que são se alto custo”, relata a mãe.
Magda conta que os custos vão além de medicamentos e aluguel. Ele também segue uma alimentação restrita para evitar diarreia. “Ele come muita coisa diferente. Não pode lactose. A comida é especial e tudo mais caro”.

Por causa do tratamento de Amaral, Magda não consegue trabalhar fora de casa. A família vive com com o salário do marido dela, que trabalha como motorista. Enquanto eles têm uma renda mensal de cerca de R$ 4 mil, os gastos superam a média de R$ 5 mil.

“Dependemos de doações. A farmácia, por exemplo, vende fiado para pagar quando pudermos”, relata.