Correio dos Campos

Justiça determina que processo de delegado que matou esposa e enteada corra em sigilo

Busetti foi indiciado por duplo feminicídio após confessar ter atirado contra a esposa e a enteada
31 de março de 2020 às 08:21
Delegado Erik Busetti matou a esposa e a enteada a tiros, em Curitiba (Foto: Arquivo/RPC)

A juíza Marcia Margarete do Rocio Borges aceitou, nesta segunda-feira (30), o pedido da defesa do delegado Erick Busetti e decretou o sigilo absoluto dos autos do processo. Busetti foi indiciado por duplo feminicídio após confessar ter atirado contra a esposa e a enteada, no último dia 4, na casa das vítimas, no bairro Atuba, em Curitiba.

O delegado foi indiciado ainda com incidência de aumento de pena por ter cometido o crime próximo da filha de nove anos, que estava num dos quartos.

Defesa

A defesa do delegado afirma que a decisão mostra a preocupação da Justiça com a memória e intimidade das vítimas e do acusado, assim como o bem estar emocional e social da filha mais nova do casal, de apenas 9 anos de idade. “Protegeremos, acima de tudo, a memória das vítimas, o amplo direito de defesa do réu e, principalmente, o bem estar emocional de uma criança que muito perdeu, para não dizer que praticamente tudo se foi”, disse o advogado Cláudio Dalledone.

O crime

O delegado Busetti matou a esposa, a escrivã de polícia Maritza Guimarães de Souza, de 41 anos, e a filha dela, uma adolescente de 16, Ana Carolina Souza. O crime aconteceu na noite do dia 4 de março, no condomínio de sobrados em que a família morava no bairro Atuba, em Curitiba.

Segundo a delegada Camila Cecconello, analisando as imagens da casa da família é possível ver que o casal discutiu por cerca de três horas antes dos tiros e que Maritza fez as malas para ir embora de casa naquela noite. Só voltou porque ouviu gritos da filha Ana, que havia sido agredida por Erick.

A delegada relata que neste momento ouviu treze tiros. Maritza foi atingida por sete disparos na sequência e Ana por seis. Elas morreram na hora.

Fonte: Banda B