Correio dos Campos

Suspeito de matar bailarina no Paraná é indiciado por homicídio qualificado, estupro e ocultação de cadáver

Maria Glória Poltronieri Borges foi encontrada morta perto de uma cachoeira em Mandaguari, no fim de janeiro. Flávio Campana, suspeito do crime, está preso desde o dia 28 de fevereiro em Maringá.
13 de março de 2020 às 07:50
Maria Glória foi morta perto de uma cachoeira em Mandaguari — Foto: Arquivo pessoal/Maurício Borges

A Polícia Civil indiciou o suspeito de matar a bailarina Maria Glória Poltronieri Borges em uma cachoeira em Mandaguari, no norte do Paraná, por homicídio qualificado, estupro e ocultação de cadáver. O inquérito foi concluído nesta quinta-feira (12).

Dentro do crime de homicídio, a polícia indiciou Campana em cinco qualificadoras – por motivo fútil, meio cruel, a vítima não teve chance de defesa, cometeu o homicídio para assegurar outro crime e feminicídio.

O corpo da bailarina e estudante universitária foi encontrado com sinais de violência sexual, no dia 26 de janeiro, de acordo com a Polícia Civil. Conforme laudo do Instituto Médico-Legal (IML) a vítima foi estrangulada e estuprada. Maria Glória tinha 25 anos.

Flávio Campana foi preso no dia 28 de fevereiro, em Apucarana, após um exame realizado pelo Instituto Médico-Legal (IML) comprovar que o material genético encontrado na calcinha e no corpo de Maria Glória era do suspeito.

Em depoimento à Polícia Civil, no dia que foi preso, o suspeito afirmou que não estuprou e nem matou Maria Glória Poltronieri Borges, e que os machucados dos braços foram provocados durante um trabalho.

RPC entrou em contato com o advogado que acompanhou a reconstituição do crime junto com o suspeito Flávio Campana, mas ele disse que ainda não é o advogado constituído do caso.

Amigo investigado

Há uma semana, o indiciado participou da reconstituição do crime na chácara onde o corpo foi encontrado. Uma amigo de Campana, que estava com ele no dia, disse que deixou o local de carona e ficou surpreso quando soube da morte da bailarina.

A polícia também coletou material genético desse homem e encaminhou ao IML. Um exame está sendo realizado para identificar se há compatibilidade com o material coletado do corpo de Maria Glória.

Caso o exame de DNA realizado no amigo de Campana prove a compatibilidade, a Polícia Civil informou que fará um aditamento no inquérito. Se o exame foi negativo, não será alterado o inquérito.

O inquérito concluído já encaminhado ao Ministério Público do Paraná (MP-PR). Com a conclusão da investigação contra Campana, a Polícia Civil pediu a conversão da prisão temporária para preventiva à Justiça.

Fonte: G1