Correio dos Campos

Saúde apresenta dados e ações referentes ao combate à dengue, febre amarela, arboviroses e epizootias

6 de junho de 2019 às 16:23
(Gabriel Osternack Lima/Prefeitura de Palmeira)

IMPRENSA/Palmeira – A Secretaria de Saúde de Palmeira, através da Coordenadoria de Vigilância em Saúde, apresentou dados e ações adotadas pelo Município referentes ao combate à dengue, febre amarela, outras arboviroses e epizootias. Secretários municipais e diretores de escolas e colégios foram os convidados para acompanhar a apresentação.

O enfermeiro da Vigilância Epidemiológica Municipal, Jean Carlo das Almas, foi o responsável por conduzir a reunião, realizada na manhã de quinta-feira (6), no salão da Secretaria de Assistência Social. Ele iniciou sua explanação falando sobre a importância de toda a população se conscientizar e ajudar no combate aos vírus. “Precisamos muito do apoio de todos os palmeirenses para reduzir ao máximo a proliferação dos mosquitos transmissores”, disse.

Almas contou que desde 2016 Palmeira é considerada área infestada pelo mosquito Aedes Aegypti e que desde então várias ações preventivas são realizadas para evitar uma epidemia no município. “É preciso realizar os trabalhos durante o ano inteiro para evitar o pior, pois o mosquito está presente em todas as estações climáticas. O poder público e os munícipes não podem se descuidar em nenhum momento”, relatou o enfermeiro.

Para auxiliar nas ações preventivas foi formado o Comitê Intersetorial de Dengue, o qual articula ações pontuais para que o município saia da situação de infestação. Uma das medidas adotadas foi a elaboração do Plano de Contingência de Dengue e Arbovirose, o qual traz diversas atividades que devem ser realizadas com o propósito de combater Aedes Aegypti.

Outra ação semelhante em andamento no município é quanto a febre amarela. “No mês de fevereiro foi elaborado um Plano de Ação contra a Febre Amarela. Intensificamos a imunização em área consideradas de risco, estamos realizando vacinação casa a casa, atendimentos da demanda de epizootias, além de reuniões técnicas”, contou Almas.

Atualmente o Município conta com 11 agentes de combate a endemias na área urbana, cujo trabalho é realizar visitas domiciliares orientando a população com relação à eliminação de criadouros. Realizam também visitas em pontos estratégicos, coleta e análise de larvas, recebem mosquitos para análise, participam de ações educativas, realizam o Levantamento de índice Rápido de Infestação por Aedes e bloqueio frente a casos suspeitos ou confirmados das doenças.

Para o enfermeiro, “temos (os palmeirenses) que deixar de dar condições para que o mosquito se crie em nossa cidade. Somos infestados porque nós mesmos damos condições para o mosquito se criar. Precisamos combater e eliminar os criadouros”, destacou Almas.

Notícias falsas

A enfermeira Conceição Rocha Buge falou sobre as dificuldades encontradas pelo Setor de Imunização para realizar vacinação. Ela destacou que uma das principais vilãs são as notícias falsas que circulam em conversas. “Já ouvimos muitas bobagens, como por exemplo que vacina causa autismo, que simplesmente uma melhor higiene e saneamento farão as doenças sumirem e que vacinas não são necessárias, além de muitas outras histórias sem fundamento. Essas informações falsas prejudicam o serviço de imunização e colocam em risco toda a população”, revelou.

Todas as vacinas necessárias fazem parte do Programa Nacional de Imunização e encontram-se a disposição nas 14 Estratégias de Saúde da Família (ESFs) do município. “Se as pessoas não se vacinarem teremos problemas sérios. Estamos em dois corredores movimentados (PR 151 e BR 277) e alguns municípios da região estão em situação complicada. Ponta Grossa, por exemplo, já é considerada área de risco. A vacinação vai ajudar os palmeirenses a se manterem protegidos”, relatou a enfermeira.

Números

Almas revelou que em 2019 Palmeira teve registro de 19 casos suspeitos de dengue, sendo quem um foi confirmado e ele foi importado, 14 foram descartados e quatro estão em investigação. Um caso de zika, um de chikungunya e quatro de febre amarela foram descartados. Também foram notificados quatro casos de epizootias, que são registrados em primatas não humanos.

Contato

Ao encontrar larvas de mosquitos Aedes Aegypti, capturar os próprios mosquitos, encontrar macacos doentes ou até mortos, deve-se avisar imediatamente a Vigilância Sanitária Municipal, através do telefone 3909-5096, ou a ESF mais próxima de seu domicílio para que sejam tomados todos os procedimentos cabíveis.