Correio dos Campos

Prefeitura de Jaguariaíva, IAP e Comtur se unem em conselho para fomentar turismo sustentável no Parque Estadual do Vale do Codó

9 de outubro de 2019 às 15:47
(Divulgação/PMJ)

IMPRENSA/Jaguariaíva – O município de Jaguariaíva deu mais um importante passo no desenvolvimento do turismo sustentável formando, na tarde desta terça-feira, dia 9, o Conselho Consultivo do Parque Estadual do Vale do Codó.

O Parque foi criado pelo decreto n°1528 de outubro de 2007 porém, na prática, não houveram ações para subsidiar questões técnicas importantes, como a regularização fundiária de partes da área que ainda se encontram dentro de propriedades privadas, por exemplo, para assim, abranger na atividade turística toda área da unidade de conservação, que é de aproximadamente 760 hectares, ou seja, 760 campos de futebol, de acordo com o decreto.

A área é formada por um dos mais belos vales dos Campos Gerais, banhada pelo rio que empresta o nome à cidade de Jaguariaíva. São aproximadamente 9 km de extensão e um paredão de pedras a 20 metros de altura do chão, que por sua vez é coberto de mata virgem e centenas de espécies de animais.

O conselho irá acompanhar todas as questões técnicas e administrativas, dando o impulso necessário para que as ações no Parque Estadual do Vale do Codó sejam efetivadas. A formação se deu na prefeitura municipal com a presença do prefeito José Sloboda, e de mais doze pessoas que integrarão o conselho, o presidente Elifaz Harã (Instituto Ambiental do Paraná), o secretário executivo Rafael Pomim (Academia de Letras dos Campos Gerais), e os membros dos grupos de trabalho e câmaras técnicas, Nara Giselle Bueno (Secretária Municipal de Planejamento), Jeandré Guimarães (Presidente da Apae), Carlos Ornellas (Presidente do Conselho Municipal de Turismo de Jaguariaíva – Comtur), Mariana Balloni (Projeto Pescar e Comtur), Vinicius Nadal de Masi (Clube dos Tropeiros), Pedro Delgado (Secretário de Indústria, Comércio e Turismo), José Luiz de Fonseca (Adetur), Edson Luiz Scherer (Diretor Municipal de Turismo) e Marilu Mazurechen (representante da Associação Paranaense das Empresas de Base Florestal). A reunião também contou com a presença do vereador Nelson José de Melo.

De acordo com a socióloga do Departamento de Unidade de Conservação do IAP, Schirle Margaret dos Reis Branco, a formação do conselho e a participação social é imprescindível para a criação de um plano de manejo que vislumbre a proteção da unidade de conservação, ou seja, o Parque Estadual Vale do Codó, sua zona de amortecimento e corredores ecológicos, incluindo medidas afim de promover sua integração à vida econômica social, com geração de renda e emprego das comunidades vizinhas . A socióloga conduziu toda a reunião e destacou a importância da participação do gestor municipal neste processo. “O prefeito José Sloboda e sua equipe se mostraram muito imbuídos desta missão, assim como nosso secretário de Estado de Desenvolvimento Sustentável, Márcio Nunes. É louvável vermos um prefeito se disponibilizar desta forma a fomentar o turismo em um município. Nosso desafio é que este parque seja o indutor da atividade turística, agregando também economicamente através da elevação do ICMS Ecológico”, afirmou.

A instituição do conselho é uma orientação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação. Em Jaguariaíva a iniciativa foi do jaguariaivense biólogo e residente técnico, Elifaz, que falou a respeito da biodiversidade da unidade de conservação do Vale do Codó. “O parque abriga, além do tão conhecido Lago Azul, o Cerrado e a Floresta Ombrófila Mista, que podem proporcionar o turismo sustentável, desde a contemplação até turismo de aventura, gerando emprego e renda no município”, projeta.

De acordo com Victor Augusto Rici Mendonça Filho, advogado e especialista em Regularização Fundiária da Diretoria de Biodiversidade e Áreas Protegidas do IAP, a proposta do atual Governo do Estado é realizar a regularização fundiária de todas as áreas preservadas, um trabalho que consiste em solucionar as questões junto aos proprietários de áreas que estão em unidades de conservação, seja por meio de indenização, doação ou compensação legal.