Correio dos Campos

Koffiehuis Parque Histórico investe em jovem talento

O cozinheiro Leonardo Verschoor está animado com o desafio de coordenar uma cozinha profissional e se propõe valorizar o cardápio típico que é o diferencial do estabelecimento gastronômico
26 de fevereiro de 2021 às 11:37
(Foto: Divulgação/APHC)

COM ASSESSORIAS – O jovem Leonardo Verschoor, formado em Gastronomia pela Unicesumar, é o responsável pela cozinha do Koffiehuis Confeitaria e Restaurante do Parque Histórico de Carambeí. O gastrônomo descendente de imigrantes holandeses está animado com o desafio de coordenar a equipe e organizar o estabelecimento valorizando os produtos típicos oferecidos.

“Não tinha imaginado que tão novo seria responsável por uma cozinha profissional com o nível do Koffiehuis Parque Histórico. Trabalhava no restaurante da minha família, era sócio da minha irmã, mas é diferente porque sempre tinha o respaldo dos meus familiares e agora a responsabilidade é maior”, anima-se Leonardo.

Ao entrar pela primeira vez na cozinha do Parque Histórico o jovem relatou que ficou emocionado com a estrutura oferecida. “Durante a faculdade visitei muitas cozinhas profissionais em diversas cidades do Paraná, conheci cozinha enormes e bem equipadas, mas nenhuma com a estrutura e organização do Koffiehuis que permitem que o fluxo ocorra de forma simples e precisa, atendendo todas as necessidades. Só precisamos atrelar a estrutura oferecida a tecnologia, usar um software que atenda as nossas necessidades e isso trará agilidade na produção”, expõe.

O gastrônomo, que está trabalhando no estabelecimento há três meses, afirma que tem muito trabalho pela frente e por enquanto a sua prioridade é organizar as fichas técnicas. “Estou estruturando as fichas técnicas e vou deixá-las organizadas de modo prático, pois o material que temos não foi elaborado corretamente. Com essa documentação ordenada ficará mais fácil reproduzir os pratos, pois ela trará agilidade ao profissional da cozinha que saberá que ao final o produto será produzido corretamente, seguindo os padrões e independente de quem faça o preparo o sabor final será o mesmo”.

O cozinheiro ainda explica o quanto é essencial esse trabalho que está realizando. “A ficha técnica é mais que uma receita, pois com ela é possível calcular o valor de cada produto em tempo real; saber se temos prejuízo ou lucro; é possível implantar no sistema e controlar estoque sem a necessidade de ter um funcionário fazendo essa atividade específica”.

Outra prioridade de Verschoor é fortalecer a gastronomia típica do estabelecimento. “Temos muito trabalho pela frente. Paralelamente com a ficha técnica estou reestruturando o cardápio, priorizando a gastronomia típica holandesa e indonésia que é o nosso diferencial. Já trouxe uma receita nova que cativou os clientes, o petisco frikandel que é um tradicional produto holandês em formato de embutido e servido frito“.

Apesar de sua especialidade estar na produção de salgados e pratos quentes, Leonardo está se arriscando na produção de doces e logo lançará uma nova torta que integrará o cardápio do Koffiehuis. “Além da gastronomia típica, o nosso carro chefe são as tortas, as famosas tortas de Carambeí, já estou pesquisando e fazendo teste de uma nova receita que pretendo lançar antes da Páscoa”.

Sobre o gastrônomo

Leonardo Verschoor tem 21 anos, fez faculdade de gastronomia na Unicesumar e se formou no início de 2020. Filho caçula de Gleyds Carriel Verschoor e Carlos Verschoor, o cozinheiro é descendente de imigrantes holandeses e alemães, como seus irmãos e a exemplo de seus pais também seguiu carreia no setor gastronômico.

Desde a década de 1980 os pais do gastrônomo possuem restaurante e trabalham com buffet para eventos, isto fez com que inicialmente o cozinheiro tivesse repulsa a profissão. “Nunca imaginei que seguiria carreia na gastronomia, tinha o pé atrás com a cozinha por ver a correia do trabalho e meus pais sempre cansados. Quando finalizei o ensino médio pensei em cursar Economia, mas abriu o curso de Gastronomia na Unicesumar e minha mãe me incentivou a tentar e seguir na mesma área que toda minha família atua. Foi na faculdade que descobri a minha paixão pela cozinha e por cozinhar”.

Cornélia Los Verschoor, avó paterna de Leonardo é descendente de alemães e holandeses, cozinha muito bem e se tornou sua grande inspiração. “Minha oma (avó) sempre cozinhou, aprendi muito com ela e quando fazia faculdade sempre ia em sua casa para cozinharmos, hoje não tenho tanto tempo, mas sempre que consigo vou cozinhar com ela”.

Cornélia tem preferência pela culinária alemã que possui uma maior variedade e um sabor marcante. Já o gastrônomo que aprendeu muitas receitas alemãs como a avó é especialista em massa e sua culinária predileta é a italiana. “Amo fazer massas e molhos, tenho uma queda pela culinária italiana, mas estou encantando com a gastronomia indonésia, com sua exuberante combinação de aromas e sabores”, continua explicando as diferenças entre a gastronomia da Holanda e da Indonésia que não conheceu na faculdade. “As receitas holandesas são práticas e simples de preparar e o sabor dos alimentos vem da noz-moscada, do cominho e do coentro. A gastronomia indonésia é bem condimentada, exige técnica e apresar de ser prática é necessário ser minucioso no preparo, pois é preciso colocar a quantidade exata das especiarias para construir o sabor. O mais próximo que cheguei da cozinha indonésia durante o meu curso foi quando aprendi sobre a culinária japonesa, mas que ainda é bem diferente”.

Leonardo não pretende ficar só nos pratos salgados e irá se arriscar na confeitaria. “Carambeí é conhecida como a Cidade das Tortas e atrai milhares de turista em busca das saborosas receitas doces produzidas no município. Não posso deixar de fora a confeitaria que é tão representativa e nos colocou na rota do turismo gastronômico, vou pesquisar para também incrementar o cardápio de tortas doces do Koffiehuis”.

O cozinheiro finaliza falando de sua realização profissional e do desejo de aprender. “A única certeza que tenho é que quero cozinhar sempre, onde eu for quero sempre estar na cozinha para aprender novas receitas, trocar experiências e conhecer novas culturas por meio da rica culinária de cada país”.