Correio dos Campos

Caso Marizta: delegado acusado de assassinar mulher e enteada vai a júri popular

Crime ocorreu no dia 4 de março, em Curitiba. Maritza Guimarães de Souza era policial civil e Ana Carolina de Souza era estudante. Juíza também negou que Erik Busetti aguarde o julgamento em liberdade
9 de outubro de 2020 às 18:33
(Foto: Reprodução/RICMais)

A Justiça determinou que o delegado Erik Busetti, acusado de matar a tiros a mulher e a enteada, em Curitiba, vá a júri popular.

O crime ocorreu no fim da noite do dia 4 de março, no bairro Atuba. Maritza Guimarães de Souza, tinha 41 anos e era policial civil. Ana Carolina de Souza era estudante e tinha 16 anos.

A decisão, de quinta-feira (8), é da juíza Mychelle Pacheco Cintra Stadler, da 1ª Vara Privativa do Tribunal do Júri do Foro Central da Comarca da Região Metropolitana de Curitiba.

Erik Busetti está preso no Complexo Médico-Penal em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.

Na decisão, a juíza também negou o direito do delegado de recorrer ou aguardar o julgamento em liberdade.

O G1 tenta contato com a defesa de Erik Busetti.

O delegado foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) por duplo feminicídio, em 20 de março. As promotoras apontam que Ana Carolina e Maritza não puderam se defender.

Sobre Maritza, o crime também incide sobre a qualificadora de motivo torpe porque, segundo a acusação, ele não aceitava os termos do fim da relação.

O casal estava junto há, aproximadamente, dez anos, e estava em processo de separação há pelo menos um ano, conforme o relato de testemunhas e familiares.

Em 16 de março, Busetti já tinha sido indiciado pela Polícia Civil por duplo feminicídio com incidência de aumento de pena por ter cometido o crime próximo da filha de oito anos.

A menina estava no quarto dormindo, mas, de acordo com a delegada, estava muito próxima e acordou com os disparos.

O crime

Conforme as investigações, imagens de câmeras de segurança mostram que o casal discutiu por pelo menos três horas antes do crime e que Maritza tentou fazer as malas indicando que sairia de casa, mas ele a impediu.

A delegada disse ainda que a adolescente Ana Carolina foi agredida pelo padrasto dentro do quarto com chutes e tapas pouco tempo antes de morrer.

Testemunhas que foram ouvidas no processo disseram que a menina era bem tratada por Erick e que ele não costumava fazer distinção entre ela e a filha de nove anos.

Erick disparou pelo menos sete tiros contra a esposa e seis contra a enteada.

As vítimas morreram abraçadas e, segundo a delegada, a câmera não mostra qual das duas vítimas foi atingida primeiro pelos tiros.

Fonte: G1