Correio dos Campos

Vinhos: vendas no mercado interno sobem 5,67% em 2017, a 363,18 mi de litros

14 de março de 2018 às 18:55
Red wine. Glass of wine. Pouring red wine.

SÃO PAULO/Via Frísia – O setor vitivinícola, que representa a cadeia de bebidas provenientes da uva, encerrou 2017 com aumento de 5,67% nas vendas do mercado interno, a 363.184.941 litros de vinhos, espumantes, sucos e outros derivados. Segundo levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), o mercado começou a reagir no terceiro trimestre e se fortaleceu nos três últimos meses do ano.

“O início do ano foi bem difícil, pois vínhamos de uma quebra de safra recorde (ocorrida em 2016), que aumentou os custos de produção, diminuiu a oferta de produtos, junto com uma crise econômica e política que deixou o mercado bastante retraído. Essa conjuntura começou a se dissipar apenas a partir do terceiro trimestre”, observou o presidente do instituto, Oscar Ló.

“A partir daí, os espumantes e os sucos, produtos em que temos maior competitividade, já estavam com vendas melhores que em 2016, mas foram os últimos três meses do ano que recuperamos os resultados de fato”, complementou o dirigente.

Na categoria de vinhos tranquilos, as vendas ficaram positivas em 2,19%, com 189,3 milhões de litros comercializados. Os vinhos espumantes ampliaram o volume em 3,22%, com 17,4 milhões de litros e os sucos de uva 100% prontos para consumo foram os itens que mostraram melhor desempenho, com expansão de praticamente 16% ante o ano anterior, a 109 milhões de litros.

Somando a comercialização de produtos brasileiros com os volumes de importação, o mercado de vinhos cresceu 13%. No ano passado, ingressaram no País aproximadamente 125,8 milhões de litros de vinhos e espumantes, representando alta de 36,6% ante 2016. O suco de uva, por sua vez, recuou 18,7%, com o ingresso de 226,5 mil litros.

Para 2018, a perspectiva é de ampliação dos resultados positivos iniciados no último trimestre de 2017 devido à normalização dos estoques e aos produtos elaborados a partir da safra 2018, considerada de excelência em qualidade. Entretanto, para ampliar a competitividade mercadológica, o setor trabalha pela retirada do vinho do regime de Substituição Tributária (ST).