Correio dos Campos

Com 260 casos de H3N2, Sesa confirma transmissão comunitária no Paraná: ‘Fazer a vacinação acontecer’, diz secretário

Secretário Beto Preto ressalta que prevenção da gripe ocorre com mesmos cuidados contra a Covid-19. Até esta segunda (3), mais de 700 mil doses estavam disponíveis contra a Influenza
4 de janeiro de 2022 às 11:34

Em uma semana, o Paraná foi de 38 para 262 casos da gripe Influenza A H3N2. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), a transmissão já é considerada comunitária, quando não é possível rastrear qual a origem da contaminação.

O número foi confirmado pelo secretário de saúde Beto Preto com exclusividade à RPC nesta segunda-feira (3), em Curitiba.

“Isso bate com a alta procura de pronto-socorro, hospitais e unidades de pronto atendimento em todo o estado. Não apenas pela H3N2, mas também com outros tipos de síndromes gripais. É um momento em que as pessoas precisam fazer exames, se submeter aos serviços de saúde e procurar ajuda. É atípico que nós tenhamos uma alta procura neste início de ano, geralmente isso se dá só no final do outono e no inverno”, disse Beto Preto.

Apesar do aumento de casos da doença, o estado mantém uma única morte pela H3N2, uma mulher de 77 anos. Ela faleceu em 20 de dezembro, em Maringá, no norte do Paraná.

Segundo o secretário, 3 dos casos registrados no estado são da variante Darwin, para qual ainda não há imunização específica. O primeiro registro da H3N2 no Paraná aconteceu em 2 de dezembro de 2021.

Procura nas unidades

Nos primeiros dias de janeiro a Sesa registrou aumento na procura para atendimento médico por sintomas gripais, em Curitiba e no norte do estado.

Na capital, segundo dados das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), entre 20 de dezembro e 2 de janeiro houve aumento de 57,3% no atendimento de pessoas com sintomas respiratórios. Até esta segunda, são 60 casos confirmados da H3N2 em Curitiba.

Segundo Beto Preto, mesmo com a transmissão comunitária, não há surto da doença. Ele lembra que, ano a ano, o estado registra de 300 a 400 casos de Influenza.

O secretário reforça que, para combater a contaminação, é necessário que o público mantenha os mesmos cuidados adotados contra a Covid-19, como o uso de máscara, além de aderirem à vacinação.

Atualmente, o estado tem mais de 700 mil doses para serem aplicadas contra a Influenza.

“É importante que possamos fazer a administração destas doses, mas o principal neste momento é, em casos moderados e graves, procurar o sistema de de saúde para fazer o diagnóstico e tomar os primeiros medicamentos indicados […] Chamo a atenção, principalmente, para os grupos de risco”.

Fonte: G1