Correio dos Campos

Aline Sleutjes requer moção de aplausos ao ex-ministro da Agricultura Alysson Paolinelli pela indicação ao Prêmio Nobel da Paz

21 de junho de 2021 às 09:33
(Foto: Divulgação)

COM ASSESSORIAS – O ex-ministro da Agricultura, o mineiro Alysson Paolinelli, também reconhecido como o “pai” da agricultura tropical sustentável que transformou o Brasil em uma força agroalimentar global, foi oficialmente apontado para o Prêmio Nobel da Paz 2021 e teve o nome aceito pelo comitê na última sexta-feira (22). A possibilidade com a indicação, além de confirmar a influência de Paolinelli para a agricultura brasileira, apontou ao mundo que o Brasil é uma referência no que trata de produção sustentável.

APOIO

A moção foi incluída em pauta e aprovada pelos congressistas a pedido da deputada Aline Sleutjes Vice Líder do Governo no Congresso e Presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR) da Câmara dos Deputados, que foi prontamente aprovada pelo colegiado da comissão de agricultura. Foi uma reação a indicação de Paolinelli ao Prêmio Nobel da Paz 2021, protocolada no Conselho Norueguês do Nobel, pelo diretor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), Durval Dourado Neto. Que enviou um dossiê com a história do ex-ministro da Agricultura. Ao todo, instituições científicas ligadas ao agronegócio de 24 países manifestaram apoio ao pedido através de 119 cartas. As cartas representam instituições do Brasil, Estados Unidos, Argentina, Costa Rica, Canadá, China, Alemanha, Índia, entre outros.

” A importância da segurança alimentar como fator de prevenção de conflitos internacionais, associado à sustentabilidade ambiental e a pujança do agronegócio sustentam a indicação do ex-ministro da Agricultura Alysson Paulinelli para o Prêmio Nobel da Paz 2021″ pontuou a presidente da Comissão de Agricultura deputada Aline Sleutjes na justificativa do seu requerimento.*

Mineiro de Bambuí, onde nasceu há 84 anos, tornou-se agrônomo em 1959 pela Escola Superior de Agronomia de Lavras (Esal). É hoje uma das principais referências do agro brasileiro. Destaque entre as principais realizações de Paulinelli de repercussão internacional, a criação e a consolidação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) na década de 1970 e a revolução tecnológica que tornou o Cerrado uma das regiões mais produtivas do País.

Exerceu por três vezes o cargo de secretário de Agricultura de Minas Gerais e criou incentivos e inovações tecnológicas que transformaram o estado no maior produtor de café do Brasil. Esteve à frente do Ministério da Agricultura, onde fomentou a ciência e a tecnologia, criando estruturas de governança que asseguram a expansão da revolução tecnológica, até hoje. Mobilizou governo, lideranças rurais e agricultores de outras regiões para desenvolver o Centro-Oeste e promoveu a transformação produtiva do Cerrado.

Como líder rural, incansável, sempre encorpou a revolução agrícola tropical, expandindo seus horizontes e engajando pessoas e instituições no seu sonho, e, com o olho no século 21, conduz hoje o Projeto Biomas, e articulando as bases tecnológicas para nova revolução agrícola. Implantou programa de bolsas para 1,5 mil estudantes nos maiores centros de pesquisa do mundo e reestruturou o crédito.

O país deixou de ser dependente da importação de alimentos para ser o maior exportador mundial de alimentos básicos. Na última safra, o Brasil colheu 230 milhões de toneladas de alimentos 10 vezes mais do que produzia na década de 80.

MOTIVO DE ORGULHO

Com a técnica desenvolvida por Paolinelli e sem a urgência de abrir novas áreas, o Brasil estará apto a acolher à procura mundial crescente por alimentos, contribuindo para a atenuação da fome, da pobreza e promovendo a paz.

“O Brasil já mereceu tal reconhecimento, desde Mário Schenberg, à Dom Helder Câmara ou à Dra. Johanna Dobereiner.

Em 2006 Paolinelli ganhou o prêmio World Food Prize, equivalente ao Nobel da alimentação, prêmio dado a pessoas que ajudaram consideravelmente a população a melhorar a qualidade, quantidade ou disponibilidade de alimentos no mundo.

O último Nobel dado a um membro da área de alimentação foi em 1950 e líderes de pesquisa agrícola acharam que estava na hora de a área voltar a ser contemplada.

“Paolinelli foi indicado pelas suas contribuições ao longo de sua vida para tornar o Brasil uma potência mundial em produção e exemplo de sustentabilidade, além de seu trabalho intenso na defesa da segurança alimentar, pesquisa e inovação tecnológica” , reforçou a deputada do agro.

” Agora vamos apoiar, torcer e vibrar com esta conquista, nosso ex-professor de agronomia na Universidade Federal de Lavras, ex-Ministro da Agricultura, ex-Secretário de Agricultura do estado de Minas Gerais; ex-Deputado federal por Minas Gerais, líder empresarial do setor rural, produtor agrícola e homem de boa vontade, merece esse prêmio, para ele e para o Brasil.” Enfatizou a autora do requerimento da moção de aplausos, deputada Aline Sleutjes.*