Correio dos Campos

Em resposta à Mabel, secretário Renê Garcia afirma que a União não teria repassado recursos Covid ao Paraná em 2021

26 de maio de 2021 às 12:05
(Foto: Divulgação)

COM ASSESSORIAS – Durante a audiência de prestação de contas do primeiro quadrimestre de 2021 o secretário estadual da fazenda, Renê Garcia Júnior, em resposta a um questionamento da deputada Mabel Canto, respondeu que o Estado recebeu em 2020 cerca de R$ 237 milhões de reais do governo federal, para serem investidos diretamente na área da saúde, de um total de R$ 2,3 bilhões repassado por força da Lei Complementar 173/20. Entretanto, em 2021 o governo federal não teria feito nenhum repasse de verba covid ao Estado.

Segundo o secretário, o estado ainda terá uma despesa adicional com a doença, em termos de R$ 1.100 bi, fator que gera grande preocupação, uma vez que com o este aumento da despesa em saúde e com o retorno das cirurgias eletivas em 2022, as despesas do Estado em saúde deverão comprometer cerca de 13,5% do orçamento.

“Lamentavelmente há uma demanda enorme de pacientes que aguardam a realização de cirurgias eletivas, suspensas porque reservam leitos de UTI e medicamentos hoje utilizados no enfrentamento ao Covid, por isso, o Estado precisa organizar-se e alocar recursos suficientes em 2022 para atender essa difícil demanda”, disse Mabel Canto.

Quanto ao repasse feito por outros Poderes e entidades Estaduais, como a própria Assembleia Legislativa, Poder Judiciário, Ministério Público e Tribunal de Contas, o Secretário agradeceu a solidariedade dos órgãos em repassar algo em torno de R$ 350 milhões.

Em sua fala, Renê esclareceu que a elevada despesa em saúde deve permanecer em 2022 e que o Estado poderá ter grande dificuldade em fazer frente ao total de obrigações nas áreas da saúde, apesar de ser uma área prioritária.

“…Porque em 2022 mesmo tendo uma redução da pandemia como é esperado, nós vamos ter necessidade de novos investimentos e de volta de cirurgias eletivas e de outras modalidades que por ventura não tenham sido observadas até mesmo o gasto com manutenção de hospitais e reinvestimentos…Então é um nível de comprometimento extremamente elevado.”, disse o secretário.