Correio dos Campos

COM ASSESSORIAS – Historicamente, a maior parte do trabalho humano foi pautada por atividades repetitivas e braçais. Embora haja predominância da força física, os trabalhadores braçais estão igualmente expostos as demandas emocionais, somadas as exigências inerentes ao próprio trabalho, como condições climáticas, não possuir espaço adequado para suas necessidades básicas como beber água ou ir ao banheiro. Do mesmo modo, o cansaço, preocupações, nervosismo, falta de energia ou motivação, longas jornadas de trabalho, exploração, mal entendidos e problemas de relacionamento.

Além de transtornos como estresse, ansiedade, abuso de substancias psicoativas e depressão, a falta de saúde emocional pode desencadear problemas físicos como fadiga, dores de cabeça, hipertensão, doenças gastrointestinais e cardiovasculares, entre outras.

Estatísticas apontam que uma a cada quatro pessoas no trabalho podem sofrer de algum problema de saúde mental ao longo da vida. O resultado é a escalada nos índices de ansiedade, pânico, depressão, irritabilidade, insônia, mudanças de humor, redução da produtividade, estresse, desânimo, isolamento social, frustração, tensão, choro frequente, drogadicções, auto-negligência, dificuldade de assimilação e até mesmo suicídio, entre outras condições psicológicas que são sintomas subjetivos que variam de pessoa para pessoa, que quando não identificadas e tratadas no início, podem ser incapacitantes, acarretando em aumento de afastamentos ou baixa produtividade no contexto laboral, como pessoal.

Apesar de ser alarmante, saúde mental ainda é um tabu, pois existem estereótipos negativos. Equivocadamente interpreta-se o desgaste emocional como fraqueza que poderia ser resolvido facilmente com um pouco de força de vontade e acabam negligenciando os sintomas emocionais.

Uma pessoa que trabalha no limite das suas capacidades emocionais e físicas, com certeza adoece. Para tanto, a prevenção é um grande aliado para manter a qualidade de vida e obter melhores resultados em caso de diagnóstico da doença e, por isso, é importante procurar um profissional de saúde.

Ainda, comportamentos que podem ser vistos como corriqueiros, mas se periódicos, tem condições de estabilizar a sobrecarga emocional e física do trabalho, promovendo qualidade de vida como pausas estratégicas, realizar pequenos exercícios laborais de alongamento ou relaxamento e/ou atividades recreativas ao longo do dia. Os momentos de lazer também são essenciais para manter uma boa saúde mental e podem fazer parte do dia a dia.

Criar e fortalecer laços sociais e afetivos, seja com familiares ou amigos, promovem a ampliação das redes de apoio e suporte pessoal. São interações importantes que se tornam combustível para a vida saudável. Isso inclui cultivar bons hábitos, alimentação balanceada, superação de comportamentos nocivos, como o tabagismo e abuso de álcool, por exemplo, adoção de hobbies e períodos de desconexão durante os finais de semana e férias. Também é necessário policiar-se a respeito de posturas viciosas e prejudiciais, abuso da força e ações repetitivas de modo inadequado além da correta utilização de Equipamentos de segurança individual. Todos os cuidados com a saúde física e mental são válidos.