Com direito a visitas, arara faz ‘amizade’ com produtor rural no interior do Paraná
Quase todos os dias um produtor rural de Santa Cruz de Monte Castelo, na região noroeste do Paraná, recebe a visita de uma arara. Paulo Roberto Ferreira de Souza fez amizade com ave, que ganhou o apelido de “Cabeção”.
A arara não é criada em cativeiro e vive livremente pela natureza. Diariamente, Cabeção vai até uma cerca da propriedade rural do Paulo Roberto, que fica à espera da amiga.
O produtor rural contou que as visitas acontecem há aproximadamente cinco anos. Paulo disse ainda que a arara atende pelo apelido.
“Passava um bando pelo sítio, e uma vez falei para minha esposa que ia gritar para ver se algum chegava perto da gente. Em uma dessas chamadas, um se aproximou e sentou na lasca da cerca”, lembrou.
O produtor disse que está acostumado com a presença da arara, que ganha presentes, como frutas. Paulo disse que se sente triste quando a amiga não vem.
A família que vive no sítio tem uma ligação muito forte com os animais. Além das visitas da arara, moram no local cachorros, gatos, frangos e porcos. Todos são criados com amor.
Os bezerros criados na propriedade também se tornaram animais de estimação. A esposa do Paulo, Maria Cláudia Rodrigues, gosta de tratá-los com mamadeira. Um deles tem o costume de entrar até na casa da família.
“Eu gosto muito de tratar dos bichinhos, só pego se tiver condições de tratar”, comentou.
Relação com humanos
A arara vermelha é vista com frequência na zona rural da região noroeste do Paraná. As aves são protegidas, já que são alvos de contrabandistas.
O tenente da Polícia Ambiental do Paraná Ulisses de Deus Gomes explicou que a arara vermelha é dócil, mas a decisão de construir uma relação com o ser humano precisa partir do animal silvestre.
“Esses locais são a casa do animal. Eventualmente, o proprietário rural vai ter se encontro. Conforme a docilidade do animal, ele permite mais ou menos a proximidade humana”, afirmou.
A Polícia Ambiental orienta para que as pessoas tenham cuidado ao entrar em contato com os animais e recomenda que, na cidade, os moradores não ofereçam alimentos para os bichos.
Fonte: G1