Correio dos Campos

Paraná vai receber 200 cilindros de oxigênio do Amazonas para atendimento a pacientes com Covid-19, diz Sesa

Segundo a secretaria paranaense, ainda não há definição sobre quais cidades devem receber os equipamentos; ajuda de Manaus atende a um pedido do governador Ratinho Júnior (PSD).
18 de março de 2021 às 15:01
Paraná vai receber 200 cilindros de oxigênio do Amazonas, segundo a Sesa. (Foto: Reprodução/RPC)

O Paraná deve receber, nesta quinta-feira (18), 200 cilindros de oxigênio do estado do Amazonas, como ajuda para o controle da situação do sistema público de saúde do estado diante da pandemia da Covid-19.

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), a ajuda com o envio dos equipamentos atende a um pedido, feito pelo governador Ratinho Júnior (PSD), que disse que ligou para o governador do Amazonas e fez a solicitação.

Na manhã desta quinta, equipes trabalhavam na retirada dos cilindros de unidades de estoque e produção amazonenses. Depois, segundo o governo paranaense, os equipamentos serão reabastecidos com oxigênio e enviados ao Paraná, com apoio da Força Aérea Brasileira (FAB).

A Sesa informou que ainda estuda para quais municípios os cilindros recebidos serão encaminhados.

O estado do Amazonas enfrentou recentemente uma grave crise de saúde envolvendo o fornecimento de oxigênio aos hospitais e unidades de atendimento em saúde para pacientes com casos graves de coronavírus.

Em ajuda ao estado, o Paraná recebeu e ofereceu atendimento a pacientes amazonenses. Os pacientes recuperados da doença, voltaram ao Amazonas.

Abastecimento dos cilindros

No interior do Paraná, municípios relatam dificuldades logísticas no abastecimento dos cilindros usados pelos hospitais.

Como algumas unidades hospitalares não possuem redes próprias de produção e distribuição de oxigênio medicinal, os cilindros servem para armazenar o produto.

O problema, segundo os hospitais, ocorre porque, quando esvaziam, os cilindros precisam ser transportados para pontos de abastecimento que, em algumas vezes, ficam distantes das cidades.

Com o aumento de casos graves da doença e da necessidade de atendimento com oxigênio, a rotatividade dos cilindros cresceu no estado, e o estoque pode acabar antes de o transporte voltar com os cilindros abastecidos, em alguns municípios.

Em Clevelândia, por exemplo, o sistema público de saúde depende do reabastecimento dos cilindros feito em Joinville, em Santa Catarina, que fica a mais de 400 quilômetros de distancia.

Conforme o governo paranaense, no estado, não há falta de oxigênio, mas problema com o abastecimento dos equipamentos.

Fonte: G1