Festa da padroeira em Telêmaco Borba foi usada para obter ajuda financeira a gaúchos
COM ASSESSORIAS – E o resultado do tríduo solidário realizado pela Paróquia Nossa Senhora de Fátima, de Telêmaco Borba, não poderia ter sido melhor. Este ano, o tríduo em honra a padroeira reuniu os fiéis nos tradicionais momentos de oração e devoção e ganhou ainda uma intenção muito especial: rezar e agir pelo povo do Rio Grande do Sul. De tudo o que for comercializado durante o tríduo, R$ 5 mil foram destinados à Arquidiocese de Porto Alegre.
O montante representa uma parte significativa do lucro obtido das vendas de rosas, do funcionamento da cozinha, das rodadas do ‘binguinho’ e da coleta verificada nas missas nos três dias de celebrações preparatórias e no dia da padroeira, dia 13. “Isso integra a nossa missão de cuidar uns dos outros e propagar a bondade. Temos que agir para auxiliar aqueles que necessitam”, justificou o pároco, padre Primo Hipólito, afirmando que o dinheiro já foi enviado a Porto Alegre. “E o povo veio, participou, a movimentação foi muito grande. A meta, inclusive, é continuar ajudando”, garante padre Primo. A paróquia está recebendo doações, desde a semana passada, de galões, garrafas, copos de água, que também serão encaminhados ao Rio Grande do Sul.
De acordo com o pároco, a ideia foi sugerida por um leigo, foi levada à comunidade e os paroquianos a assumiram. “Estão entregando fardos e mais fardos de água, nas celebrações e na secretaria. Isso além das iniciativas isoladas desenvolvidas pelas outras comunidades da paróquia, que se uniram a diferentes campanhas e enviaram seus donativos graças a empresários aqui da cidade, que também estão colaborando”, comemorou o padre. A ação da paróquia é uma das muitas ajudas enviadas pelas igrejas administradas pelos Missionários Redentoristas não só do Brasil, como dos Estados Unidos, de onde a comunidade de Saint James enviou, em dinheiro, o equivalente a 350 cestas básicas ao povo gaúcho. A paróquia pertence à Província de Curitiba, apesar de ficar no exterior.
Sobre a festa, padre Primo destacou o caráter religioso enaltecido na programação. “Ela é mais religiosa do que social. A intenção é fazer com que a comunidade se volte ao aspecto religioso. E a participação foi grande. A nossa igreja tem capacidade para mil e oitocentas pessoas sentadas, vimos a matriz quase cheia em todos os dias e, especialmente no dia de Nossa Senhora de Fátima, estava lotada, apesar de ser uma segunda-feira. Arrisco dizer que tinha mais gente este ano, que caiu em um dia atípico, do que ano passado, que foi em um domingo. A procissão luminosa também chamou a atenção. Tivemos perto de mil e quinhentas pessoas participando, à noite, todas com as lanternas dos seus celulares ligadas, ao invés de velas. Foi muito bonito. Um apelo especialmente orativo se viu na missa solene, quando foram entregues mil novecentas e trinta e sete rosas”, detalhou.
As rosas são vendidas na secretaria antecipadamente e retiradas, depois de abençoadas, durante a celebração. Quem colabora também tem o nome registrado no livro ouro da paróquia. “Foram momentos de fraternidade e de encontro, quando fizemos questão também de lembrar o centenário de nossa Diocese. Uma placa junto ao altar lembrava o tema dos festejos dos cem anos: vida e comunhão, esperança e missão”, enfatizou.