Correio dos Campos

Peça ‘Ai! Sumiram os brinquedos’ se apresenta em Telêmaco Borba

8 de junho de 2022 às 09:25
(Foto: Divulgação)

COM ASSESSORIAS – O público infantil de Telêmaco Borba vai se encantar e se divertir com a peça “Ai! Sumiram os brinquedos”, que se apresenta gratuitamente nesta sexta-feira, às 10 horas e às 13h30, na Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental 31 de Março. O espetáculo resgata os brinquedos antigos, mostrando às crianças brinquedos que não funcionam com o uso de tecnologia, como botão, baterias ou eletricidade. Dessa forma, o espectador vai poder se divertir com pião, peteca, ioiô, amarelinha, elástico, bolinha de gude, entre outros. A apresentação é do grupo teatral Dia de Arte, de Ponta Grossa.

Aprovado pela Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), da Secretaria Especial da Cultura e Ministério do Turismo, o projeto é realizado pelo Grupo Dia de Arte, com direção de produção da ABC Projetos Culturais e tem como patrocínio Caminhos do Paraná e Belgotex do Brasil.

Através do espetáculo, as crianças viajam no tempo e se encantam com brinquedos que marcaram a infância de várias gerações. No enredo, os protagonistas Pimenta e Docinho recebem uma visita inesperada de um misterioso mensageiro das brincadeiras, que está rodando o mundo, para apresentar a todas as crianças os brinquedos que estavam sumidos há muitos anos.

“Com o avanço da tecnologia, os brinquedos antigos estão sendo esquecidos, impedindo que as crianças se relacionem, se movimentem e evoluam de uma forma mais lúdica e natural, por isso este projeto é de extrema importância. Traz em sua linguagem simples e divertida o resgate dos brinquedos antigos que estão sendo esquecidos, ou até mesmo nem são conhecidos por muitas crianças”, revela o diretor artístico e coordenador do projeto Lázaro França.

França, contudo, ressalta que a tecnologia também é importante, desde que exista um equilíbrio, “principalmente na fase da infância onde o mais importante é se relacionar e assim aprender com o outro”.

Como os integrantes do grupo teatral também são educadores, surgiu a proposta de viabilizar um projeto que pudesse estimular “o ato de brincar” para as crianças. “Resolvemos colaborar com a nossa arte para que pudéssemos estimular as crianças a resgatarem este mundo tão lindo e maravilhoso dos brinquedos brincantes, que não precisam de pilhas, baterias e sim da energia e fantasia de cada criança”, destaca França. Durante a apresentação, será exibido simultaneamente ao espetáculo um vídeo com tradução em libras para as pessoas com deficiência auditiva.

CONTRAPARTIDA SOCIAL

Como contrapartida social, o projeto realizou na semana passada, sexta-feira (03), quatro oficinas de teatro para professores das escolas públicas de Ponta Grossa. A ação aconteceu às 8h e às 9h45, na Escola Municipal Frei Elias Zulian, e às 13h e 14h45 na Escola Municipal Profª. Zahira Catta Preta Mello. A ação contou com a participação de aproximadamente 100 crianças e professores.

A proposta apresentou aos alunos uma introdução da linguagem teatral de forma prática, com exercícios e brincadeiras para que a criança conheça o trabalho do ator através do corpo, voz e improvisação, desenvolvendo assim uma melhor postura, impostação de voz e criatividade.

Para Michella França, atriz da peça, a ação contribuiu tanto para a evolução dos artistas que ministraram as oficinas, como para o conhecimento dos pequenos sobre a arte do teatro. “Para nós é sempre um momento de muito amor, ensinar o que mais amamos e de perceber o quanto as crianças estão disponíveis para receber estas experiências. Isso é transformador, pois nos torna cada vez mais um instrumento de tudo que a arte exala, acolhe e modifica na vida humana”, afirma.

Na visão da artista, o acolhimento do público foi essencial para mostrar o poder da arte em impactar vidas. “No final ouvimos muitas perguntas como ‘Quando vocês voltam?’, e isto é fantástico! Nestes projetos, observamos como faz falta termos mais espaços para a arte e cultura dentro das escolas. Temos certeza que estas crianças vão levar pelo menos uma coisinha do que vivenciaram na oficina para sempre em suas vidas. E isso para nós não tem preço”, diz.