Correio dos Campos

Paróquias da Diocese entregam suas contribuições no processo sinodal

Missa na Catedral foi repleta de simbolismos
7 de junho de 2022 às 10:09
(Foto: AssCom Diocese de Ponta Grossa)

COM ASSESSORIAS – “Certamente a Liturgia desta tarde nos enche de alegria, esperança e expectativa”. Assim o bispo Dom Sergio Arthur Braschi abriu sua homilia na solene missa de sábado (4), que reuniu representantes de todas as 46 paróquias da Diocese e mais da quase paróquia, para a entrega dos envelopes com as contribuições das comunidades ao Sínodo 2021-2023. Cheias de belos e emocionantes momentos, a celebração marcou a unidade da Igreja Diocesana diante de um dos mais importantes períodos vividos pela fé católica, que é o chamado do Santo Padre a todos os cristãos para falar de sua Igreja, em uma consulta universal.

“‘Por uma igreja sinodal, comunhão, participação e missão’. Essa frase expressa a própria natureza da Igreja. O que é. O que deve ser. O processo sinodal está acontecendo em todo o mundo e com a nossa participação, com a participação do Povo de Deus. Estamos tentando retornar com mais clareza às inspirações do Concílio Vaticano II, que lembrava que todos os cristãos fazem parte da Igreja com a mesma dignidade e devem continuar a missão recebida”, destacava Dom Sergio, citando a 1ª Leitura para expressar a universalidade da Igreja. “Somos uma família só, a Humanidade toda. O espírito pelo qual foram feitas todas as maravilhas do universo, pelo qual surgiu a vida. O Espírito Santo que desceu sobre os apóstolos e a Virgem Maria, iniciou a missão da Igreja”, acrescentou.

“Estamos aqui fazendo a nossa parte, fazendo chegar a alegria do Evangelho, além inclusive das fronteiras da Diocese, em Lábrea, no Amazonas, com a nossa Igreja-Irmã, e, com a Igreja do Paraná, na África, em Quebo. Não podemos nos fechar. Toda a Humanidade é chamada a dar testemunho, a participar, a se abrir para a missão. E em comunhão. A unidade é tão linda, a diversidade nos une. O Espírito Santo é a fonte da unidade, da eterna juventude da Igreja, fazendo brotar novas comunidades, em uma diversidade de dons e carismas. E todos fizeram o mesmo processo. Isso vai trazer muita riqueza à Igreja”, argumentou o bispo. Dom Sergio enalteceu a entrega das sínteses, sobre as quais todos se debruçaram, refletiram. “Essa sinodalidade, essa participação, representa a valorização de cada batizado. Que o Espírito Santo desça sobre nós, como foi sobre os apóstolos e Maria. Não sabemos onde Ele vai nos levar, mas sabemos que vai nos renovar, nos colocar em unidade, com confiança. Obrigado, Senhor por esse tempo sinodal!”.

De acordo com o coordenador da Ação Evangelizadora, padre Joel Nalepa, a fase diocesana do Sínodo nos desafiou na escuta e nos mostrou como são importantes os organismos de comunhão em nossas comunidades. “Hoje trazemos das paróquias a participação de muita gente. Em cada envelope, muita história e muita esperança”, enfatizou. Como gesto de comunhão diocesana, os envelopes com as sínteses foram entregues ao bispo, que os recebeu, mostrou à assembleia e os repassou ao diácono Dyego Quadros para serem acomodados em uma caixa. Isso aconteceu logo após a leitura das preces da comunidade. “Ao entregar o que já fizemos, assumimos o compromisso de continuar caminhando juntos, em sinodalidade, no testemunho de comunhão, alegres na participação a serviço da missão”, afirmou padre Joel. Em seguida, oito padres, representando os oito Setores da Diocese, repassaram aos delegados das paróquias uma vela acesa, simbolizando que a luz no caminho da sinodalidade continua.

“Voltando para as nossas paróquias e comunidades queremos continuar rezando pelo Sínodo, para que sejamos a Igreja da Sinodalidade”, explicou o coordenador. As velas foram acesas no Círio Pascal pelo bispo e entregues aos sacerdotes. “Os Setores, juntos, caminharão na sinodalidade, na luz de Cristo e na força do Espírito Santo. Testemunhamos nossa fé. Que essa luz nos envolva e nos comprometa, sirva de inspiração nas reuniões, encontros. Que se espalhe”, orientava o bispo Dom Sergio.

A fase diocesana não acabou. Ela termina em 31 de julho. A partir de agora, a equipe diocesana do Sínodo vai elaborar a síntese do pensamento da Diocese para encaminhar a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Depois vem a fase continental e a assembleia sinodal, em Roma, em outubro de 2023. “A sinodalidade é um apelo permanente; é da natureza da Igreja a comunhão, participação e missão. Como sinal disso entregamos a vela, como desejo de que essa seja a chama dos Conselhos, Movimentos, Pastorais, em todas as Comunidades, em toda Diocese”, ressaltou padre Joel Nalepa.