Correio dos Campos

Reunião detalha processo de escuta do Sínodo a lideranças

29 de outubro de 2021 às 08:59
(Foto: Divulgação)

COM ASSESSORIAS – A primeira das seis reuniões programadas pela equipe diocesana do Sínodo 2023 aconteceu nesta quarta-feira (27), no salão paroquial da igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, na Vila Liane, em Ponta Grossa. Nos encontros, os integrantes da comissão responsável por sintetizar o pensamento da Diocese de Ponta Grossa sobre a caminhada da Igreja Católica detalham a representantes das paróquias o que se espera das lideranças nessa fase de escuta, explicam as etapas do período sinodal e esclarecem a respeito dos subsídios entregues aos coordenadores paroquiais que compõem, também, a comissão diocesana de preparação para o Sínodo.

Padre Joel Nalepa, coordenador diocesano da Ação Evangelizadora, nominou os integrantes da equipe e pediu para que se apresentassem os presentes: Flávia Carla Nascimento, coordenadora diocesana da Pastoral de Animação Bíblico-Catequética, e padre Kleber Pacheco, assessor da Pastoral Vocacional e do Setor Juventude. Padre Joel solicitou, então, que as lideranças se identificassem por paróquia, agradecendo muito a presença de todos. O padre explicou as atribuições da comissão e contou como será a caminhada dessa fase diocesana.

Cerca de 90 lideranças participaram, entre coordenadores de CPP, diáconos, catequistas, religiosos, integrantes da Liturgia e de grupos de jovens das comunidades dos Setores 1 e 2 da Diocese. Os dois setores envolvem a Reitoria do Sagrado Coração de Jesus, 12 paróquias de Ponta Grossa e a Paróquia Nossa Senhora Imaculada Conceição, de Carambeí. Havia representantes das paróquias Nossa Senhora do Rosário, Nossa Senhora do Pilar, Santo Antônio, Perpétuo Socorro, São José, Nossa Senhora de Medianeira, Espírito Santo, Nossa Senhora da Saúde, São Cristóvão, Santa Teresinha do Menino Jesus, Nossa Senhora do Monte Claro e Nossa Senhora de Fátima.

Padre Kleber rezou com os participantes uma dezena do Rosário e a Oração do Sínodo, lembrando que o Papa Francisco convida a todos a refletir sobre sinodalidade. “‘O caminho da sinodalidade é o caminho que Deus espera da Igreja do terceiro milênio’ disse o Papa por ocasião do cinquentenário da instituição do Sínodo dos Bispos, em outubro de 2015. O Sínodo é a Igreja que caminha unida para ler a realidade com os olhos da fé e com o coração de Deus”, citava padre Kleber ao garantir que somente a partir da unidade em Cristo cabeça é que a pluralidade entre os membros adquire significado, o que enriquece a Igreja. O sacerdote reforçou o sentido da relação entre as palavras ‘acolhida/escuta’, ‘convivência/fraternidade’ e ‘diálogo/comunhão’, destacando que o processo sinodal não é um exercício que começa e pára, mas um caminho de crescimento autêntico rumo à comunhão e à missão que Deus chama a Igreja a viver.

Flávia Nascimento comentou sobre o desenrolar do Sínodo 2023, reiterando as datas de cada uma das três fases: nas dioceses (de outubro de 2021 a março de 2022), no continente (setembro de 2022 a março de 2023) e em Roma (outubro de 2023). “Nessa fase diocesana, estaremos em processo de escuta por quatro meses, nas paróquias, nas comunidades”, enfatizou, citando as etapas já ocorridas, como a abertura na Diocese de Ponta Grossa, dia 17 deste mês, com o envio de um comentário e preces a todas as paróquias para serem lidas nas celebrações. “De outubro de 2021 a fevereiro de 2022 será a vez da consulta ao Povo de Deus nas paróquias e pastorais, movimentos, associações e organismos. Em 26 de fevereiro é o prazo final para o envio de uma síntese das consultas à equipe diocesana; em março de 2022, a equipe fará um resumo das sínteses das 46 paróquias e, em 25 de março de 2022, acontecerá o envio das contribuições diocesanas à CNBB. É a chance de termos voz. O momento é esse. Não deixemos passar essa chance de participar”, convidou Flávia.

Padre Joel mostrou os documentos disponibilizados para reflexão e aprofundamento, em preparação para a consulta, lendo as dez perguntas de estímulo que as equipes paroquiais terão de responder. O sacerdote reiterou que, nessa fase de escuta, o incentivo é para que as pessoas se reúnam para responder às questões e o façam em conjunto. “Até como forma de escutarem-se umas às outras, propor ideias, exprimir reações e apresentar sugestões. O Papa está tendo coragem de perguntar o que as pessoas estão pensando da Igreja. É preciso ouvi-las”, acrescentou padre Joel, falando da possibilidade de se estender essa ‘escuta’ à sociedade civil, ouvindo sindicatos, associações de classe, entidades, não católicos e ateus.

A segunda reunião com as lideranças paroquiais acontece nesta sexta-feira (29), às 19 horas, envolvendo os Setores 3 e 4, na Paróquia Bom Jesus. No sábado (30), às 15 horas, será a vez das comunidades do Setor 5, que serão reunidas na Paróquia Sant’Ana, de Castro. Dia 3, a mobilização envolverá as paróquias do Setor 6. A reunião acontecerá na Paróquia Cristo Rei, às 19 horas; dia 4, do Setor 7, na Paróquia Nossa Senhora da Luz, em Irati, e, dia 08, às 19h30, do Setor 8, na Paróquia São José, de Imbaú.