Correio dos Campos

Retiro de diáconos é aberto a esposas

Na formação, foi abordada a participação no Sínodo
25 de outubro de 2021 às 18:29
(Divulgação)

COM ASSESSORIAS – Repetindo o ocorrido ano passado, os diáconos da Diocese de Ponta Grossa se reuniram em seu retiro anual na modalidade virtual. A diferença é que, enquanto em 2020, o momento foi direcionado somente para diáconos já ordenados, este ano, puderam participar as esposas dos diáconos. O retiro anual aconteceu nos dias 22 e 23, com a assessoria do padre Mariano Venzo, da Congregação dos Missionários do Verbo Divino, atualmente vigário da Paróquia Nossa Senhora do Rosário, em Ponta Grossa. O padre abordou dos temas: A eclesiologia do Papa Francisco e participação diocesana no Sínodo 2023.

Foram quatro lives. Uma na sexta-feira e três, no sábado: às 9, às 14 e outra, às 20 horas. As falas tinham duração de 30 minutos. “Como era retiro, após cada live, tínhamos momento de reflexão e oração pessoal”, comentou o secretário da Comissão Diocesana dos Diáconos, Valdinei Miranda, informando que no primeiro dia, após a abertura, houve a apresentação do relatório das atividades diaconais e do planejamento para 2022, com espaço para falar da caminhada diaconal na Diocese. Na sexta-feira, a live teve uma hora de duração. No sábado, começou a parte espiritual do retiro, conduzida pelo padre Mariano.

Na primeira live do dia, o assessor fez um resgaste histórico da caminhada da Igreja, a partir do Concílio Vaticano II, discorrendo, em seguida, a respeito dos diferentes papas, João XXIII, João Paulo II, Bento XVI e do Papa Francisco, comentando detalhadamente sobre a eclesiologia do pontífice, que foi eleito em 13 de março de 2013, lembrando que ele foi o primeiro papa latino-americano, o primeiro do Novo Mundo. “Ele que escolheu o nome de ‘Francisco’, um jesuíta, mas que era o cardeal Jorge Mário Bergoglio, arcebispo de Buenos Aires. O padre Mariano lembrou que ele vivia do lado dos pobres, conhecia a realidade das classes menos favorecidas e que, o que ele transmite hoje, é a experiência viva do Evangelho de Jesus, dos que mais precisam, especialmente os pobres. Essa opção pelos excluídos está no DNA do atual papa”, resumiu o diácono Miranda.

Um dos destaques na condução do retiro, segundo o diácono, foi que padre Mariano fazia questão de deixar perguntas pertinentes no ar. “‘Dando testemunho do Cristo, transmitimos o rosto alegre de Jesus? Estamos exercendo o ministério diaconal no modelo de São Lourenço, o primeiro diácono mártir da Igreja? Temos o cheiro de ovelhas ou de perfume Chanel? ‘ Isso para ver o nosso comprometimento com o Evangelho e com o Papa Francisco, que nos pede que sejamos sempre uma Igreja Missionária, em saída, que vai ao encontro das pessoas”, exemplificou Miranda.

Na última live, à noite, o assessor abordou o Sínodo, que se iniciou nas dioceses do mundo inteiro em 17 de outubro e vai até outubro de 2023. “Somos todos chamados a participar. É um período em que a Igreja está aberta para ouvir as pessoas, especialmente, os pobres, os marginalizados, os jovens, toxicodependentes. Inicia com um levantamento da igreja local, das dioceses, e vai concluir com o pensamento a nível mundial da Igreja, sob o tema ‘Comunhão, Participação e Missão’. Na minha paróquia, a Bom Jesus, temos uma reunião na sexta-feira sobre essa fase do Sínodo”, lembrou.

Este ano, o retiro contou com a participação de 100 pessoas, entre diáconos ordenados e esposas de 30 diáconos. “Foi um momento muito bom e enriquecedor para a caminhada diaconal. Faremos avaliação do retiro, no dia 12 de novembro”, adiantou diácono Miranda. Atualmente, a Diocese de Ponta Grossa conta com 121 diáconos permanentes. No próximo dia 31, mais cinco serão ordenados.