Correio dos Campos

COM ASSESSORIAS – Empresários de Ponta Grossa pedem para que o governo brasileiro reconsidere o retorno do horário de verão. A revisão da decisão tomada há três anos seria benéfica para a retomada econômica, sobretudo de setores como bares, restaurantes e turismo.

De acordo com Daniel Wagner, Diretor de Turismo da Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (ACIPG), a volta do horário do horário de verão proporcionaria mais faturamento para muitos estabelecimentos e injetaria dinheiro na economia do município. Outros motivadores à volta do horário de verão seriam o impulsionamento nos parques municipais, bem como a economia de energia em meio a uma crise energética que preocupa o empresariado.

Os bares e restaurantes seriam um dos principais setores que seriam beneficiados com esta revisão, explica Wagner. Os estabelecimentos foram um dos que mais sofreram com a pandemia nos últimos meses, e a mudança de horário acrescentaria receita a estes locais que tiveram o faturamento afetado por mais de um ano, argumenta o diretor da ACIPG. “Seria um grande incentivo porque o setor de bares e restaurantes foi muito afetado pela pandemia. Os estabelecimentos tiveram prejuízos enormes, muitos fecharam as portas, e mais de 70% deles têm dívidas, precisam demais de qualquer oportunidade de faturamento. E o entendimento é que o horário de verão dá essa oportunidade, proporciona a percepção de que o dia é mais longo, as pessoas saem do trabalho, poderiam ir para um restaurante, um bar, e esse consumo poderia gerar até 30% de faturamento a mais”, analisa Daniel Wagner. “Além disso, aqui em Ponta Grossa os estabelecimentos estão com limitação de público, então o horário aumentaria o período que teriam clientela. Estes estabelecimentos vão gerar emprego, renda, faturamento, e as pessoas estão dispostas a gastar”, complementa o diretor da ACIPG.

Com relação aos parques turísticos da região, o argumento do empresariado a favor da volta do horário de verão é que a mudança significaria um período maior de funcionamento para estes locais, e consequentemente, atrairia mais visitantes à região. “Os parques turísticos poderiam alterar seus horários de funcionamento. O Parque Vila Velha, por exemplo, hoje tem o último horário às 15 horas, e com horário de verão poderiam esticar o funcionamento até às 16 horas, 16h30. Com isso, mais pessoas poderiam frequentar o parque, consequentemente o desenvolvimento econômico acaba sendo favorecido, não somente ao parque, mas para toda cidade, mais pessoas viriam pra cidade, transferindo dinheiro para nossa economia”, explica Wagner.

A volta do horário de verão também poderia representar um alívio no gasto de energia, algo que vem preocupando a todos em decorrência da crise hídrica no país nos últimos meses. “O argumento para o fim do horário de verão é de que ele pouco contribui com a economia de energia, mas diante do cenário que se encontra, qualquer forma de economizar já iria ajudar”, alega.

O Diretor de Turismo da ACIPG ressalta que o pedido de revisão a respeito do horário de verão vem sendo discutido por diversos empresários de diferentes regiões do país, incluindo conversas com a Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação, em busca de possibilidades para o retorno da mudança de horário. “É uma pauta importante, focando na recuperação econômica, que vai ajudar a muitas pessoas, não vemos motivos para não fazer, e a gente está fazendo eco em um movimento que faz todo sentido”, finaliza Daniel Wagner.