Correio dos Campos

Diocese de Ponta Grossa terá centro missionário na Amazônia

Construção inicia em janeiro. Diácono e esposa vão em missão
1 de outubro de 2021 às 17:50
(Foto: Paróquia São João Batista/Canutama, Prelazia de Lábrea)

COM ASSESSORIAS – O Mês Missionário não poderia começar melhor na Diocese de Ponta Grossa. Duas notícias reforçam o comprometimento de nossa Igreja Particular com a missão: a confirmação da construção, a partir de janeiro, do centro missionário em Canutama (AM) e a divulgação do montante arrecadado no gesto concreto proposto para o Natal passado, ‘Colaborar com a Missão é presentear Jesus no irmão’. Foram R $119.963,90 obtidos graças à generosidade dos diocesanos e já enviados à Paróquia São João Batista, em Canutama, administrada pelos padres da Diocese, José Nilson Santos e Osvaldo Pinheiro.

A Diocese de Ponta Grossa vai construir o centro missionário na localidade conhecida como Km 70, ao sul do município de Canutama, na divisa com Porto Velho (RO). A empreitada será realizada em parceria com a Prelazia de Lábrea, a Paróquia São Batista e a comunidade local. Quem vai responder pelos serviços é o diácono Metódio Retexin, que segue para a Amazônia, em janeiro ao lado da esposa (Sebastiana) Vera Batista Retexin. O diácono já esteve no Km 70 em junho, conhecendo a região. “O terreno é da Prelazia e tem 15×10 metros quadrados. A comunidade já tinha essa área para a construção de uma igreja. Vai ser construída uma casa de madeira, de 60×60 metros quadrados, com cinco ou seis quartos, para receber os missionários”, detalha o diácono, contando que a madeira será doada por um proprietário rural. “Mas, ela terá que ser trazida, serrada e deixada em condição de uso por nós”, acrescenta.

Apesar de não ser do ramo, o diácono está acostumado a ajudar na montagem de estruturas, em especial, para a missão. Metódio Retexin esteve por três vezes na África, instalando a estrutura metálica e a cobertura da casa da Missão São Paulo VI, em Quebo, na Guiné Bissau. O diácono de 66 anos tem curso de Eletricista e conhecimento de soldagem. Por enquanto, ele e a esposa ficarão hospedados em uma residência cedida por um morador. “Termos que mobiliar a casa e, mais tarde, esses mesmos móveis irão para o centro missionário”, comenta, lembrando que o casal viaja em janeiro. A princípio, a construção deve demorar de seis a oito meses. O casal ainda não sabe quanto tempo fica na Amazônia. “O que aquela gente mais precisa é presença e é isso que estamos indo oferecer, atendendo um pedido feito pelo nosso bispo Dom Sergio (Arthur Braschi), que fez primeiro essa proposta a nós, diáconos”, ressalta.

“Começamos a engatinhar com a criação da área missionária. Mais do que mostrar estruturas, queremos apresentar as pessoas que aqui vivem, criando seus filhos, alimentando sua fé e lutando pela vida. Contamos com as suas orações!! Tudo no tempo de Deus! “, dizia o pároco da São João Batista, padre Osvaldo Pinheiro, quando da visita do diácono ao Km 70, em junho. “A proposta é que os diáconos da Diocese possam ir ajudar os dois padres na região sul do município de Canutama. Neste primeiro momento, seriam os diáconos, mas, depois, a ideia é trazer pessoas envolvidas na missão nas paróquias. Pessoas da área da Saúde, para trabalhar na Pastoral da Criança, Catequese, enfim, leigos que possam contribuir com a missão”, explica padre Osvaldo.

No Km 70 são 12 comunidades, que contam com missas celebradas, de tempos em tempos, por padres da Arquidiocese de Porto Velho (RO). A localidade fica a 70 quilômetros da capital de Rondônia, 130 quilômetros de Humaitá (AM) e 220 quilômetros de Lábrea (AM). De Lábrea, sede da Prelazia, a Canutama são 12 horas de barco convencional.