Correio dos Campos

CPI do Estar Digital de Ponta Grossa entrega relatório final com orientação de suspensão imediata de contrato

Versão foi aprovada pelos vereadores na quinta (16). Prefeitura afirmou que não teve acesso ao conteúdo e, quando tiver, irá analisar as orientações.
17 de setembro de 2021 às 15:53
(Foto: Divulgação/CMPG)

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Estar Digital de Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, entregou o relatório final dos trabalhos com a conclusão de que houve fraude e direcionamento na licitação de contratação do serviço no município.

A versão foi aprovada na quinta-feira (16).

No relatório, a CPI manteve a orientação para que a prefeitura suspenda imediatamente o contrato entre a administração municipal e a Cidatec, concessionária do serviço no município.

Conforme documento, os vereadores afirmam ter identificado diversas irregularidades antes, durante e depois o processo licitatório.

Procurada, a Prefeitura de Ponta Grossa informou que não foi comunicada oficialmente do pedido e que quando tiver acesso ao teor do relatório irá analisar as orientações.

A Cidatec não retornou os contatos até a publicação desta reportagem. Na última nota divulgada, a empresa afirmou que estava segura com a legalidade do contrato com a prefeitura.

O documento deve ser apresentado à prefeita Elizabeth Schmidt (PSD) ainda nesta sexta-feira (17).

O relatório também será encaminhado ao Ministério Público do Paraná (MP-PR), ao Ministério Público Federal (MPF), para a Receita Federal e para a Ordem de Advogados do Brasil (OAB).

A comissão

A comissão é a segunda criada na Câmara Municipal de Ponta Grossa para investigar os contratos entre empresa e prefeitura. Isso porque a primeira CPI teve o relatório final alvo de uma operação do MP por suspeita de favorecimento à Cidatec.

O relator da comissão à época foi preso e virou réu por corrupção passiva. Valtão renunciou ao cargo de vereador neste ano, durante o quarto mandato na Casa, após ser alvo de pedido de cassação.

Com início em 2 de junho, a CPI formada pelos vereadores Izaias Salustiano (PSB) como presidente, Josi do Coletivo (PSOL) como relatora, e também os parlamentares Julio Kuller (MDB), Geraldo Stocco (PSB) e Jose Canto (PSC).

Com o prazo de 90 dias, os vereadores ouviram depoimento de testemunhas e envolvidos, além de analisar os documentos da contratação.

Fonte: G1