Correio dos Campos

Júri de acusado de matar professora a facadas em Ponta Grossa é adiado

Marcelo Ávila é réu pela morte Luciane Ávila, em dezembro de 2019. Julgamento estava marcado para esta terça-feira (15), mas foi adiado após jurados não comparecerem à sessão.
15 de junho de 2021 às 10:46
Professora foi morta a facadas ao deixar filho na escola em Ponta Grossa. (Foto: Reprodução/RPC)

O júri popular de Marcelo Ávila, acusado de ter matado a professora Luciane Ávila a facadas, em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, foi adiado. A sessão estava marcada para começar nesta terça-feira (15).

Luciane foi morta em dezembro de 2019, no momento em que chegava para trabalhar em uma escola da cidade, junto do filho que tinha oito anos, à época. Luciane e Marcelo estavam em processo de divórcio.

O julgamento estava marcado para começar às 8h30. Apesar disso, dos 25 jurados convocados, 11 apareceram. O mínimo necessário para o júri eram 15 pessoas. Uma nova data será agendada.

Marcelo Ávila responde pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio qualificado e por submeter criança sob a guarda a constrangimento.

O acusado foi preso e confessou o crime horas depois da morte de Luciane. Ele está preso no Complexo Médico Penal de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, e participaria do julgamento por videoconferência.

Segundo o advogado do réu, Gustavo Madureira, Marcelo Ávila sofria de uma depressão grave e não conseguiu controlar as próprias ações no dia da morte de Luciane.

O assistente de acusação, Ângelo Pillati Júnior, afirmou que aguarda uma condenação justa para trazer o conforto e tranquilidade de espírito de todos os familiares.

O caso

Luciane Ávila tinha 42 anos. A professora chegou a ser socorrida, e a equipe de resgate tentou reanimá-la durante meia-hora.

Um homem, que estava no local, tentou a ajudar a vítima e sofreu um ferimento no braço. Ele foi socorrido, levado para um hospital da cidade e passa bem.

Após o crime, o suspeito fugiu em uma moto e jogou a faca utilizada para ferir as vítimas em uma esquina, conforme os bombeiros. Ele foi encontrado pela Polícia Militar horas depois, em Carambeí, também nos Campos Gerais.

De acordo com a polícia, a vítima havia pedido uma medida protetiva contra o suspeito. A solicitação estava em análise no Fórum da cidade.

Segundo a polícia, havia um boletim de ocorrência contra o homem por perturbação de sossego.

Os dois estavam casados há 25 anos e a mulher havia saído de casa em outubro. O casal tinha três filhos, sendo um de oito anos.

Fonte: G1